O prefeito de Duque de Caxias, Washington ReisDivulgação

Em seu terceiro mandato como prefeito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Washington Reis (MDB) tem planos de se candidatar à vaga de senador em disputa no ano prestes a começar. Em entrevista a O DIA, o alcaide não foge às polêmicas que marcaram este ano, como as filas durante a vacinação contra a Covid-19 e a municipalização do Hospital Adão Pereira Nunes, que chegou a ser alvo de uma batalha jurídica. Reis fala ainda sobre a preparação para o verão: Xerém sofreu, no ano passado, com as enchentes. "A Baixada Fluminense, por si só, é uma grande força. É uma região muito rica em recursos naturais e humanos", diz ele.
Duque de Caxias tem uma "tradição" de não reeleger seus prefeitos. Como o senhor vê a sua vitória em 2020?
Atribuo a vitória nas urnas ao sucesso do nosso trabalho. Quem mora aqui e teve a oportunidade de conviver de perto com outras gestões percebe o quanto estamos fazendo a diferença na vida da população. Não trabalhamos com promessas. Nós agimos. 
O senhor é mesmo pré-candidato ao Senado? No ano passado, a candidatura quase foi barrada…
Sim. Sou pré-candidato ao Senado e não tenho nenhum problema com relação à Justiça Eleitoral. Tenho 30 anos de vida pública, sou ficha limpa e a população conhece de perto o meu trabalho. Não me falta disposição para trabalhar.
A vacinação contra a Covid-19 em Duque de Caxias foi marcada por contratempos, como antecipação do calendário e falta de doses. Qual é a sua avaliação? 
A vacinação em Duque de Caxias é um sucesso. As equipes de imunização da Secretaria de Saúde deram um show e a população aderiu à campanha. Nosso lema sempre foi "lugar de vacina é no braço e, não, na geladeira". E foi exatamente assim que nós agimos.
O senhor chegou a ser internado com Covid-19. Como vê o estágio atual da pandemia?
Eu sempre disse que a Covid-19 era uma doença muito séria. Nunca brinquei com isso. Pelo contrário. Assim que a pandemia surgiu — e antes mesmo de ela chegar ao Brasil —, nós adquirimos o Hospital São José, fizemos uma reforma em tempo recorde e, em apenas 42 dias de obras, transformamos a unidade e equipamos 128 leitos. A situação está muito melhor mas ainda requer cuidado.  
Por que municipalizar o Hospital Adão Pereira Nunes?
Nós já havíamos dividido a cogestão do hospital com o Governo do Estado durante seis meses e foi um período de muito sucesso. O Hospital de Saracuruna é uma unidade complexa e fundamental para a saúde pública de todo o Estado do Rio de Janeiro. Quando o governador nos confiou essa tarefa da primeira vez nós a desempenhamos com muito afinco e não será diferente agora. 
Como o município está se preparando para o verão — e as chuvas?
Estamos fazendo muitas obras, em toda a cidade, para prevenir possíveis problemas causados pelas chuvas. Em todos os distritos, as equipes da Secretaria Municipal de Obras estão trabalhando em obras de drenagem, limpeza e desobstrução de rios e canais. Todas as iniciativas são voltadas para minimizar os impactos causados pelas chuvas e evitar os alagamentos.
Como está atualmente a proposta de levar o Ceasa para Duque de Caxias?
Estamos aguardando a posse definitiva do terreno para dar continuidade ao processo de implementação da nova Central de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro. Temos a expectativa de gerar cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos. Um dos diferenciais do empreendimento é a excelente localização, em uma área de fácil acesso, próxima a importantes vias de chegada ao Rio e à Região Metropolitana.
Qual é a maior força da Baixada? E o maior desafio?
A Baixada Fluminense, por si só, é uma grande força. É uma região muito rica em recursos naturais e humanos. Duque de Caxias, especialmente, é um celeiro de oportunidades, tem um povo muito abençoado e trabalhador. Talvez essa seja sua maior força: o seu povo. Os desafios ainda são muitos. Principalmente garantir a geração de emprego e renda para as pessoas.
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