Jair BolsonaroEVARISTO SA / AFP
Saiba quem são os palacianos apelidados de 'aloprados' depois de evento com embaixadores
Reunião de Bolsonaro com representantes internacionais foi mal vista pela própria campanha
"Os aloprados do Planalto". Esse é o apelido que já circula nas piores línguas de Brasília para se referir ao trio que capitaneou junto ao presidente Jair Bolsonaro (PL) a ideia de reunir embaixadores para apresentar requentadas teorias conspiratórias sobre a segurança do aparato eleitoral brasileiro. A maldade está na boca inclusive de figurões da campanha pela reeleição do chefe do Poder Executivo, que classificam o evento como um erro.
Os alvos da nada elogiosa alcunha são o ministro do GSI, general Augusto Heleno — o mesmo que, em 2018, cantarolava "se gritar 'pega centrão, não fica um meu irmão"; o assessor especial para Assuntos Internacionais da presidência, Filipe G. Martins — recentemente desmentido ao vivo no podcast de Rica Perrone ao afirmar que Bolsonaro lideraria as pesquisas na modalidade espontânea; e o ministro-chefe de Governo, Célio Faria Júnior.
O apelido relembra o que ficou conhecido como "escândalo dos aloprados": em 2006, o então presidente Lula (PT) se referiu dessa forma a petistas que tentaram comprar um dossiê falso contra o tucano José Serra.
O evento realizado na segunda-feira (18) teve péssima repercussão internacional. O tom principal na cobertura de veículos estrangeiros é que Bolsonaro, com medo da derrota em outubro, prepara terreno para tentar um rompimento institucional. O serviço de notícias Bloomberg, com foco em economia, classificou os questionamentos apresentados como "velhas e refutadas teorias da conspiração".
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