Reclamar Adianta: Preciso de advogado para depor na delegacia?
A figura do advogado acaba sendo imprescindível no acompanhamento da vítima, pois ele garantirá que todas as regras estão sendo seguidas, respeitando, claro, os direitos do acusado.
Tenho um amigo que foi vítima de racismo e fui com ele à delegacia de polícia para denunciar o crime. Ele abriu um processo e talvez eu seja chamado para prestar depoimento. Preciso ir acompanhado de um advogado? (Marcos Afonso, Vaz Lobo)
A advogada Fernanda Pereira Machado afirma que é imprescindível que a vítima de agressão racial vá a delegacia prestar seu depoimento acompanhado do seu advogado, que irá instruí-lo sobre seus direitos. “O racismo é uma prática abusiva, extremamente covarde e ultrapassada”, complementa a advogada.
Ela pontua que, embora não seja obrigatória a presença do advogado no momento do depoimento na delegacia policial, a própria OAB no seu Estatuto, diz que é direito do advogado “assistir a seus clientes investigados durante a apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequentemente, de todos os elementos investigatórios e probatórios dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração”.
De acordo com Fernanda, a figura do advogado acaba sendo imprescindível no acompanhamento da vítima, pois ele garantirá que todas as regras estão sendo seguidas, respeitando, claro, os direitos do acusado. A especialista alerta que a questão racial requer atenção e cuidado, em razão da fragilidade e delicadeza da situação e, ao dar amparo ao cliente, o advogado garante maior credibilidade à vítima e possível solução do caso.
Para além da questão criminal, há também a questão de reparação civil. Com a orientação adequada do advogado, a vítima terá voz perante ao Judiciário para fazer valer seus direitos, esclarece o advogado Átila Nunes, do serviço www.reclamar.adianta.com.br. O atendimento é gratuito pelo e-mail atilanunes @ reclamar adianta . com . br ou pelo WhatsApp (21) 993289328.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.