Rio - Policiais militares confundiram um guarda-chuva com um fuzil e atiraram em Rodrigo Alexandre da Silva Serrano, morto na segunda-feira em uma operação no Chapéu-Mangueira, no Leme. Um dia antes, o jornalista Daniel Delfino morreu ao ser atingido por uma bala perdida no abdômen ao sair de um chá de bebê em Guadalupe, Zona Norte. Os dois tinham menos de 30 anos e passam a fazer parte de uma triste estatística do Rio. Só neste ano, foram 159 vítimas de balas perdidas 35 delas morreram.
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Foram registrados 5.857 tiroteios na Região Metropolitana nos últimos sete meses, após a intervenção federal, uma média alarmante de 28 confrontos por dia. Um aumento de 62% em comparação ao mesmo período do ano passado. O dado foi coletado pelo laboratório sobre violência armada Fogo Cruzado. Até as seguradoras entram nesse cenário de guerra urbana, oferecendo apólices a partir de R$ 8 por mês para a cobertura de acidentes pessoais, incluindo morte e invalidez permanente. Mas há planos também de valores mais elevados. A indenização desse tipo de seguro pode variar de R$ 10 mil a até mais de R$ 1 milhão. Um levantamento do setor aponta que mais de mil apólices foram vendidas em favelas do país. "O valor acessível passa a impressão de que as seguradoras estão fazendo um esforço de vender as apólices em comunidades carentes, com alta incidência de tiroteios", analisa o economista Lauro Faria, da Escola Nacional de Seguros.
FATURAMENTO BILIONÁRIO
A Federação Nacional de Capitalização (FenaCap) divulgou nesta terça-feira o faturamento do setor de janeiro a julho deste ano. A entidade registrou receita de R$ 12,1 bilhões, um crescimento 4,8% em comparação ao mesmo período de 2017. Os resgates feitos feitos por clientes no período chegaram a R$ 10 bilhões.