José Luís Zamith à direita, ao lado do governador Wilson Witzel - REPRODUÇÃO
José Luís Zamith à direita, ao lado do governador Wilson WitzelREPRODUÇÃO
Por PALOMA SAVEDRA

A reforma administrativa do Estado do Rio, mais especificamente na organização dos cargos comissionados, mal foi anunciada e já está levando o secretariado de Witzel a 'quebrar a cabeça'. Foi proposto o corte de 20% nos cargos ou salários de assessores, além da padronização das funções e respectivas gratificações, para que não haja discrepâncias em cada pasta. 

As regras foram divulgadas nesta quinta-feira (10) por circular interna, conforme a Coluna informou. A orientação é para que os cargos comissionados e as remunerações específicas sejam iguais. E foi criado um teto salarial para cada faixa.

Apesar de a medida receber elogios internamente — até mesmo os servidores ressaltaram que havia "injustiças" e "desorganização" —, isso implicará em cortes de comissionados. Os secretários acreditam que terão de estudar cada caso: em algumas situações, será necessário conversar com profissionais dos quais não abrem mão para colocá-los em um cargo com remuneração menor. Ou terão que abdicar de um funcionário em prol de outro.

Quanto às gratificações, os valores vão de R$ 4 mil (assessoramento, assistência ou apoio de coordenadorias) até R$ 14.921,98 (chefia de gabinete, assessoramento e apoio ao gabinete do secretário). A partir da folha de março, os tetos valerão. 

"Modernização" da máquina

O objetivo é simplificar e modernizar o estado, segundo o secretário de Governança, José Luís Zamith. Ele disse que não havia "racionalidade administrativa", com diferentes órgãos, como departamentos, superintendências e coordenadorias com discrepâncias de remuneração entre funções equivalentes.

Pouco impacto 

"Em alguns casos, o posicionamento do servidor na estrutura não estava de acordo com o nível de responsabilidade dele. Estamos fazendo uma arrumação nas funções e uma moralização para quem exerce cargos de mesmo nível", declarou Zamith por meio de nota. "Focamos no grupo de assessores porque eles representam 60% dos gastos com gratificação. O impacto pode não ser tão grande, mas essa é uma primeira fase da organização de gestão de pessoas", acrescentou.

Grupo de trabalho

De acordo com as informações, toda a reorganização será feita por um grupo de trabalho. 

Você pode gostar