O prefeito Marcelo Crivella  - Maíra Coelho
O prefeito Marcelo Crivella Maíra Coelho
Por PALOMA SAVEDRA

O percentual do reajuste que será aplicado no salário de fevereiro do funcionalismo do Município do Rio de Janeiro ainda não está fechado, e alguns integrantes do governo Crivella indicam que será divulgado nos próximos dias. Em meio à ansiedade dos servidores, que buscam diariamente a informação, a equipe da área financeira do Executivo estima um aumento de cerca de 8%.

Vale lembrar que a correção será equivalente ao período de pouco mais de dois anos (a partir de outubro de 2016) em que os funcionários ativos, aposentados e pensionistas ficaram sem recomposição salarial. E o percentual depende do fechamento do Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) deste mês, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o instituto, o período de coleta do IPCA-E estende-se, em geral, do dia 16 do mês anterior ao dia 15 do mês de referência no caso, a apuração foi até ontem, quando caiu 15 de janeiro.

Martelo batido

O prefeito Marcelo Crivella divulgou o reajuste na folha de fevereiro que é paga no mês de março no último dia 9 " Nos dois últimos anos do governo anterior, a prefeitura teve R$ 70 bilhões de orçamento. Nos meus dois primeiros anos, foram menos de R$ 60 bilhões, R$ 11 bilhões a menos. E tivemos que pagar empréstimos da Olimpíada", disse ele na ocasião.

Folha de janeiro

O plano inicial do governo era que a reposição viesse ainda na folha de janeiro quitada em fevereiro , como a Coluna informou em edição de 11 de dezembro. Mas o Executivo avaliou que por questões de caixa seria mais viável reajustar o salário de fevereiro. Naquele momento, o foco dos trabalhos era o pagamento da segunda parcela do décimo terceiro salário de 2018.

Reposição anual

A prefeitura vai conceder o reajuste acumulado porque há lei (de 2001, assinada pelo então prefeito Cesar Maia) que garante a revisão geral anual da remuneração dos funcionários ativos e inativos da administração direta, autárquica e fundacional. Pela norma, a reposição se dará "tão logo se verifique que o comportamento da receita é capaz de suportar o aumento da despesa dela decorrente".

Reivindicações

Depois de Crivella confirmar a notícia, as categorias do município comemoraram e decidiram retomar a mobilização. Só que agora levarão à frente outras reivindicações. Pagamento dos salários até o segundo dia útil e repasse de contribuições patronais atrasadas à previdência são alguns itens da pauta do Movimento Unificado dos Servidores (Mudspm).

De categorias

Integrantes do Mudpsm se reunirão hoje à noite para discutir a pauta, conforme antecipou a Coluna na última segunda-feira. Sobre a cobrança para que o Tesouro pague ao fundo previdenciário os valores devidos no passado de taxa patronal, as categorias afirmam que é uma forma de reforçar a previdência e evitar riscos de atrasos salariais a aposentados.

Horas extras

O secretário de Educação do Estado do Rio, Pedro Fernandes, anunciou ontem que vai pagar horas extras a professores para cobrir déficit de pessoal na pasta. "Pegamos a rede com menos 2.016 educadores, o que causa impacto de mais de 35 mil aulas que deixam de ser dadas todos os meses", disse em entrevista ao 'Bom Dia Rio'. Segundo Fernandes, a iniciativa teve aval da Fazenda.

Escolas militares

A ideia é que a jornada extraordinária dos professores seja retomada de imediato. Além disso, o secretário afirmou que as duas primeiras escolas militares inauguradas pelo governo Witzel vão ficar em Volta Redonda e Miguel Pereira, no Sul Fluminense. Ele acrescentou que a pasta cede imóveis desocupados, e que as unidades serão instaladas com o fundo do Corpo de Bombeiros.

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