Enquanto Paes diz que pretende retomar o programa, Crivella critica
Enquanto Paes diz que pretende retomar o programa, Crivella critica "distorções"Arte O DIA
Por PALOMA SAVEDRA

O ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) e o atual, Marcelo Crivella (Republicanos), que duelam neste segundo turno pelo cargo máximo do Executivo carioca, revelaram, nas últimas edições, algumas propostas para o funcionalismo. Hoje, a coluna informa os planos deles para um tema muito questionado pelos servidores: o chamado 14º salário.

A gratificação referente ao acordo de resultados era paga até o ano de 2016. A gestão de Crivella não deu continuidade ao projeto, e também não quitou o valor que deveria ser depositado para as categorias em julho de 2017.

A prefeitura informou, recentemente, "que não conseguiu cumprir o acordo em função das dificuldades financeiras herdadas da gestão anterior e da crise agravada pela pandemia".

Crivella aponta "distorções"

Agora, questionado novamente pela coluna se pretende retomar esse programa, e quando pagará o valor devido, Crivella não deu previsão. E disse ainda que depende da melhora de arrecadação.

O atual prefeito do Rio disse que o programa de metas é uma “boa ideia”, mas, sem entrar em detalhes, afirmou também que o acordo de resultados proporcionava “distorções” dentro do funcionalismo. “A ideia é boa. Havia algumas distorções no passado. Mas todas as ações a serem tomadas dependem do aumento da receita”, declarou.

Paes garante pagamento

Eduardo Paes, por sua vez, disse que vai retomar o projeto. “Sim. Vamos retomar os sistemas de meritocracia no serviço público municipal com o Programa Acordo de Resultados que assegurava o pagamento de bônus de desempenho, ou 14º e 15º salários, que era a forma pela qual os próprios servidores se referiam a esse pagamento pelos bons resultados alcançados”, respondeu.

Cronograma

O programa de metas foi criado em 2009. As gratificações eram pagas sempre em julho do ano seguinte relativo ao acordo de resultados. O pagamento então referente ao ano de 2016 deveria ter sido acertado em 2017, o que não ocorreu. À época, Crivella publicou um decreto postergando para o segundo semestre (daquele ano) o prazo para quitar essa dívida com as categorias. Ele justificou o adiamento por dificuldades de caixa. Até hoje, o funcionalismo está à espera do pagamento.
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