Projeto é da Escola Nacional de Administração Pública - Divulgação
Projeto é da Escola Nacional de Administração PúblicaDivulgação
Por O Dia

Uma pesquisa realizada pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) – em parceria com a Universidade de Duke (sediada nos Estados Unidos) e Ministério da
Economia – revela quais são os maiores desafios que os servidores públicos federais enfrentam no trabalho remoto. De acordo com o levantamento, os profissionais mais afetados com queda de produtividade são os que têm filhos pequenos (menores de cinco anos). 

Essa diminuição de rendimento não é tão expressiva quando os servidores têm crianças maiores ou adolescentes. Já o fato de ter animais de estimação não ajuda e nem atrapalha o desempenho profissional.

Os dados foram colhidos nos meses de maio e junho para identificar alguns aspectos do home office no contexto do serviço público brasileiro. Foram registradas mais de 36 mil respostas de servidores públicos federais do País.
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Os servidores entrevistados relatam queda de eficiência no trabalho remoto adotado em virtude da pandemia de covid-19. Quando perguntados sobre o tempo que está sendo gasto em determinadas atividades, a pesquisa revelou que o período de trabalho considerado produtivo está abaixo do ideal: em uma escala de 0 a 12 horas, o ideal seria 6,2 e está em 5,4. 
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O desempenho também é inferior ao declarado antes da pandemia (5,7). Já o tempo gasto em trabalho improdutivo aumentou, passando de 3 horas antes da pandemia para 3,3 no pós-pandemia.
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Quando se compara homens com mulheres, elas expressam maior dificuldade, com uma queda maior na produtividade (a cada hora trabalhada, sentem que 24 minutos são improdutivos ante 12 minutos improdutivos registrados por homens).
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De forma geral, entre os principais desafios no trabalho remoto estão: as distrações que existem em casa e a falta de interação com colegas. Também são apontados os problemas tecnológicos enfrentados e a falta de delimitação da fronteira entre vida pessoal e profissional.

Ganho de eficiência
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Sobre o ganho de eficiência no trabalho à distância, foi avaliado que o uso de tecnologias é um importante aliado. Os servidores que têm uma infraestrutura adequada para trabalhar – como wi-fi, laptop exclusivo, ferramentas de teleconferência, softwares de gerenciamento de tarefas – são mais produtivos.
 
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Outro elemento observado é a relação de confiança entre chefes e empregados. Quando perguntados sobre a percepção geral do teletrabalho, a resposta que mais apareceu foi que os funcionários se saem melhor quando os supervisores acreditam neles.
 
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"Como é difícil monitorar o trabalho remoto, a confiança se torna um fator muito importante para a produtividade profissional", pontua Cláudio Shikida, coordenador-geral de pesquisa da Enap.

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Apoio ao trabalho remoto

Mesmo com desafios apontados na pesquisa, a maior parte dos servidores apoia a política de trabalho remoto. E uma parcela expressiva espera poder trabalhar de
maneira alternada após a pandemia, equilibrando atividades nos órgãos públicos e em casa. 
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Diante das medidas de distanciamento social impostas pela pandemia, entre elas, o home office, o secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal do Ministério da Economia, Wagner Lenhart, ressaltou que a pesquisa trouxe informações relevantes.
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"Com a necessidade do distanciamento social, foi preciso adotar de maneira emergencial o trabalho remoto. E a pesquisa de Duke nos trouxe dados muito importantes dessa fase, que irão balizar as diretrizes do trabalho remoto e subsidiar a construção de novas políticas públicas de gestão de pessoas no serviço público", declarou Lenhart.
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