Jair Bolsonaro e Paulo Guedes - Marcos Corrêa/PR
Jair Bolsonaro e Paulo GuedesMarcos Corrêa/PR
Por PALOMA SAVEDRA

Ainda que algumas ações para a recuperação do caixa sejam implementadas internamente pela Prefeitura do Rio, a verdadeira bomba é o desembolso que o município terá para quitar dívidas com bancos (com aval da União). O governo carioca acumula R$ 509 milhões em débitos, além de 15 folhas salariais este ano. E uma das principais estratégias do prefeito Eduardo Paes e sua equipe é a negociação com o Parlamento, em Brasília, e o governo federal.

A tentativa é fazer com que o Congresso derrube alguns vetos do presidente Jair Bolsonaro a trechos da Lei 173/20 (PLP 101, de autoria de Pedro Paulo). Entre eles, o dispositivo que garante a suspensão do pagamento da dívida com organismos multilaterais. E, claro, conseguir anuência do ministro da Economia, Paulo Guedes.

"A gente ainda está na pandemia, não custa nada suspender esses pagamentos. Vamos pagar com juros e correção monetária", disse o secretário municipal de Fazenda, Pedro Paulo, aos vereadores cariocas durante reunião realizada nesta quinta-feira.

O titular da pasta ainda acrescentou: "Isso vai ajudar muito os estados e municípios para a gente poder antecipar pagamento de servidor, pagar metade do 13º em julho, e não viver de arrestos. A cada dia um arresto na saúde, uma decisão judicial na Comlub. Então gente precisa mudar essa disponibilidade de caixa da cidade".
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Líder do Psol, o vereador Tarcísio Motta acompanhava a audiência, e aproveitou para endossar essa ideia. Motta declarou que a legenda apoiará a suspensão do pagamento da dívida neste momento.
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