Resultado veio junto com a forte elevação de despesas para o enfrentamento da pandemia de covid-19 no ano passado - Edu Andrade/Ascom/ME
Resultado veio junto com a forte elevação de despesas para o enfrentamento da pandemia de covid-19 no ano passadoEdu Andrade/Ascom/ME
Por PALOMA SAVEDRA

As consequências econômicas impostas pela pandemia da covid-19 pioraram um quadro fiscal que já era considerado complicado antes da crise sanitária, iniciada em 2020. E o atual cenário aponta para a possibilidade de mais tempo de congelamento salarial de servidores públicos de todo o país.

Vale lembrar que, até o fim deste ano, os estados e municípios - além da União - estão impedidos de conceder aumento ao funcionalismo como contrapartida pela ajuda financeira federal para o combate à pandemia.

Se depender dos planos e das articulações do governo federal no Parlamento, a austeridade será lema para até o fim de 2022. Aliás, o ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou ontem, em evento virtual da Credit Suisse que se a pandemia durar, os servidores ficarão ainda mais tempo sem reajustes.

Guedes e sua equipe também têm defendido a aprovação de projetos de controle de gastos públicos, como a PEC Emergencial, que prevê redução de salário e jornada no serviço público quando as despesas ultrapassarem 95% das receitas, além da reforma administrativa.

Segundo o ministro, caso a pandemia se agravar é preciso acionar gatilhos para um momento como de "estado de guerra": "Estado de guerra significa o seguinte: não tem aumento de salário durante dois anos para o funcionalismo, os pisos estão todos bloqueados, acabou esse negócio de subir automaticamente".

Paulo Guedes também aproveitou a ocasião para defender o avanço de reformas no Congresso.

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