Policiais podem ficar de fora do congelamento salarial da PEC Emergencial
Articulação de parlamentares busca retirar os agentes que integram as forças de Segurança do texto; fatiamento da proposta já é cogitado pelo Planalto
A urgência torna a proposta prioritária na fila de votação de projetos da Casa e permite que ela possa ser pautada no plenário a qualquer momento - Michel Jesus/Câmara dos Deputados
A urgência torna a proposta prioritária na fila de votação de projetos da Casa e permite que ela possa ser pautada no plenário a qualquer momentoMichel Jesus/Câmara dos Deputados
Por PALOMA SAVEDRA
A votação da PEC Emergencial (186/19) prevista para esta quarta-feira na Câmara dos Deputados será mais uma prova de fogo que o governo Bolsonaro enfrentará com policiais e demais agentes de Segurança Pública - a exemplo do que ocorreu na época da reforma previdenciária. A proposta abre espaço para uma nova rodada do auxílio emergencial à população, mas em contrapartida exige mais austeridade, vetando reajustes para todo o funcionalismo e concessões que impliquem em aumento de despesas também para militares e membros dos Poderes (Judiciário e Legislativo) e do Ministério Público.
Diante disso, parlamentares que integram a bancada da bala se organizam para fazer modificações no texto, retirando as forças de Segurança das vedações previstas no projeto. Ainda que a alteração atrase a análise da proposta pelo plenário da Câmara - o que vem sendo combatido pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) -, tudo indica que a medida é possível, pois já encontra sinal verde do Palácio do Planalto.
Até mesmo um fatiamento da PEC foi cogitado pelo presidente Jair Bolsonaro - em entrevista à CNN - na tentativa de atender a essa demanda das categorias policiais. A articulação deverá alcançar todas as carreiras que compõem a área de Segurança Pública.
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