Arthur Maia indica votação esse mês. Já o deputado Fernando Monteiro analisa pedido por mais debatesCleia Viana/Câmara dos Deputados

A paralisação de servidores públicos da União, estados e municípios marcada para o dia 18 de agosto contra a reforma administrativa (PEC 32) promete ter forte adesão. Além do apoio das forças de segurança — como das entidades que integram a União dos Policias do Brasil (UPB) —, trabalhadores do setor privado vão reforçar a mobilização, de acordo com indicativo das centrais sindicais.
A greve foi decidida no fim de julho em plenárias do Encontro Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Setor Público. No encontro, as categorias também definiram um calendário que inclui mobilizações em cada região para angariar apoio de vereadores e deputados estaduais. O movimento tem ainda campanha nas mídias sociais e em programas de rádio e TV.
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A reforma modifica as regras do serviço público do país: extingue a estabilidade de futuros servidores, amplia a contratação de comissionados, reduz concursos públicos e também acaba com garantias como adicionais por tempo de serviço e promoções automáticas. 
LIRA INDICA VOTAÇÃO EM AGOSTO
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A PEC 32 tramita agora na comissão especial da Câmara. O relator, Arthur Maia (DEM-BA), e o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), acreditam que, diante do ritmo dos trabalhos do colegiado, há como a proposta ser votada já no fim deste mês pelo plenário.
PEDIDO POR MAIS DEBATES
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A previsão de o texto ser votado este mês pode não se confirmar: a Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público oficializou, nesta semana, pedido ao presidente da comissão, Fernando Monteiro (PP-PE), para a realização de mais audiências. A frente quer a discussão de, pelo menos, mais sete temas considerados fundamentais e "que ainda não foram contemplados nos debates sobre a reforma".