Agentes de SeguranCléber Mendes/ Agência O DIA

Policiais militares, bombeiros, policiais penais e demais agentes de Segurança Pública protestam em frente ao Alerjão — nova sede do Legislativo, no Centro do Rio —, nesta quarta-feira, contra as reformas propostas pelo governo estadual. Organizado pelo movimento SURJ - Segurança Unida Rio de Janeiro, o ato teve concentração às 10h e segue com forte adesão das categorias.
PMs que atuam fora da capital fluminense também chegam em caravanas para a manifestação. Segundo o tenente da reserva Nilton da Silva, do SOS Polícia, os militares estão vindo de Cabo Frio e Campos, além de cidades da Baixada Fluminense, como Nova Iguaçu e Duque de Caxias.
Apesar de a reforma previdenciária enviada pelo Executivo à Alerj não abranger os PMs e bombeiros, será encaminhada para a Casa legislativa, ainda este mês, um projeto que muda as regras para os militares estaduais irem para a inatividade. A medida é exigida pela Lei Federal 13.954/20, que instituiu a reforma do sistema de proteção social das Forças Armadas.
Além disso, os militares protestam contra projetos do Regime de Recuperação Fiscal que também citam os militares, como a PEC 62/2021. Já os policiais penais, agentes do Degase e policiais civis são tratados nos textos relativos ao regime. 
"As nossas falas foram todas sobre os assuntos mais relevantes do momento, a perda de direitos dos policiais civis. A extinção de triênio, extinção de paridade, da integralidade, regras de transição para aposentadoria, estabelecimento de idade mínima para aposentadoria de policiais, o que seria totalmente incompatível com o exercício do trabalho policial em razão da sua necessidade especial", declarou o vice-presidente do Sindicato de Policiais Civis do Rio de Janeiro (Sindpol/RJ), Luiz Cláudio Cunha.
Segundo Cunha, se as mensagens do Executivo forem aprovadas sem alterações, a categoria será prejudicada: "Se não for modificado, nós não teremos Polícia Civil no futuro, pois ninguém vai se interessar em ser policial civil, em razão de que os direitos foram suprimidos". 
Policiais civis estão articulando para modificar o texto da reforma previdenciária - Cléber Mendes/ Agência O DIA
Policiais civis estão articulando para modificar o texto da reforma previdenciáriaCléber Mendes/ Agência O DIA