Picciani
PiccianiValter Campanato/Agência Brasil
Por Sidney Rezende
A morte do ex-deputado estadual Jorge Picciani, vítima de câncer, aos 66 anos, significa o fim de um ciclo de poder no Rio de Janeiro que reinou absoluto por 20 anos. O primeiro mandato foi conquistado em 1990, mas foi de 2003 a 2010, no exercício da presidência da Alerj, que o fluminense acompanhou a habilidade de um político que tornou-se a materialização do poder. A volta em 2015, após ficar quatro anos afastado, só ratificou a certeza de que todos os governadores que ocuparam o Palácio Guanabara no período de seu reinado na Assembleia só tomavam decisões importantes depois que Picciani as tivesse autorizado. Os seus últimos dias foram duros tanto do ponto de vista pessoal, ao enfrentar a doença que o levou, como na resposta necessária a denúncias graves que colocaram em xeque sua reputação. Quando presidente licenciado da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Picciani foi acusado de receber R$ 49,9 milhões em propinas de empresários de ônibus, entre julho de 2010 a julho de 2015, em 34 ocasiões distintas, segundo a denúncia do MPF ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (RJ e ES).

POLÍTICO HÁBIL

A primeira vez que tive contato com o então presidente da Alerj, eu era âncora da rádio CBN e ele me pediu alguns minutos ao telefone para esclarecer uma denúncia do Ministério Público de que existiria "trabalho escravo" numa das suas fazendas. Entendi que suas ponderações deveriam chegar ao ouvinte e marcamos sua participação na edição do programa no dia seguinte. A entrevista foi uma bomba. Mais tarde, ele agradeceu à emissora e disse que ninguém lhe deu voz para que ele se defendesse daquela maneira, mesmo a entrevista tendo sido veemente. O deputado considerou a oportunidade como um exemplo de respeito jornalístico ao direito de defesa. E, dali em diante, firmamos uma relação de confiança entre o jornalista e a fonte. Qualquer dúvida que eu tinha, ele me respondia prontamente. Sua assessora de imprensa de 2002 a 2017, Daniella Sholl, conta que "Picciani era um craque da política não apenas porque sabia como ninguém decifrar pesquisas (estatístico de formação, era um devorador de números), mas, sobretudo, porque sabia ler a alma das pessoas. Aquela cara de bravo escondia um coração generoso e sensível. 'Homem de Palavra' era a sua melhor alcunha. Papo reto. Com ele não tinha 'talvez', 'quem sabe'. Era sim ou não. Objetivo. Leal. Polêmico, também. Como dizia o jornalista Fernando Molica, 'com Picciani em campo, não tinha coluna de jornal em branco'".
Rodoviários pedem audiência
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O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Sebastião José, aguarda resposta da Comissão de Transportes da Câmara Municipal sobre ofício onde solicita realização com urgência de audiência pública com finalidade de saber real situação em que se encontra o sistema de transporte público rodoviário do Rio. Após duas semanas, ainda não houve nenhuma posição por parte dos vereadores que fazem parte da comissão. 
Segurança em Bom Jesus
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Deputado Marcus Vinícius (PTB) pede melhorias na segurança da rodovia RJ-116, altura de Aperibé, na região noroeste fluminense. "Nosso objetivo é atender reivindicações dos moradores e comerciantes de Bom Jesus do Itabapoana, que buscam o reforço no policiamento ostensivo para o município ficar mais seguro", diz. Município poderá receber o programa Bairro Seguro. 
Serviços funerários à população vulnerável
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Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro ajuizou Ação Civil Pública para que município de Niterói conceda gratuitamente serviços funerários à população vulnerável, como determinam a Constituição Federal, a Lei Orgânica Municipal e o Decreto nº 13.080/2016. Segundo MPRJ, gratuidade dos serviços não vem sendo assegurada. 
PICADINHO
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Fundação Ceperj lança pós-graduação em Ciência de Dados com Ênfase em Políticas Públicas. Inscrições podem ser feitas através do site da Ceperj até o dia 26 de maio.

Cerimônia online do 1º Prêmio Benfeitoria de Financiamento Coletivo será na próxima quarta-feira (19) pela conta do Youtube da Benfeitoria.

Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro vai retomar na segunda-feira (17) série Depoimentos para a Posteridade, pela primeira vez no formato online, devido à pandemia.