O caminho para o desenvolvimento sustentável exige alterações estruturais no modelo que utilizam para produção de energia. Para a prefeitura do Rio de Janeiro, a revolução vem do sol. Essa poderosa energia será absorvida e aproveitada por meio da criação de uma fazenda solar, estabelecida no aterro sanitário de Gericinó, na Zona Oeste.
"Quando quisemos propor um projeto de energia renovável, pensamos em fazer mais que apenas isso. A nossa ideia é transformar a prefeitura do Rio em carbono neutro", explicou Pedro Rolim, gerente de sustentabilidade do Escritório de Planejamento da Secretaria da Casa Civil. As obras do Solário Carioca devem começar em 2021, depois que o escritório tiver com os laudos de viabilidade do projeto, disponíveis até o final do ano.
O escritório estima que o projeto vai ocupar 80 mil m², com capacidade de produzir energia suficiente para garantir o funcionamento dos oito caminhões elétricos da Comlurb, além de suprir o consumo do prédio da companhia. A reserva será utilizada a partir do Sistema de Geração Distribuída, que permite o uso da energia através de uma rede de armazenamento. Segundo Rolim, a Solário Carioca é a primeira etapa para conseguirem abastecer todos os prédios da prefeitura.
O benefício da energia sustentável envolve toda a sociedade. Desde o começo do Solário Carioca, os responsáveis pelo projeto avaliaram o impacto social da criação da fazenda solar para a população local. "Um dos produtos do estudo é a avaliação do impacto social, e pensamos de que forma as pessoas que moram no entorno podem ser utilizadas na construção e manutenção da Solário Carioca", definiu.
*estagiária sob supervisão de Luiz Almeida