Gabrielle Hébia, de 13 anos, saiu de casa com uma mochila, na noite da última quinta-feira, mas não retornouArquivo Pessoal

Familiares e amigos fazem buscas para encontrar o paradeiro da adolescente Gabrielle Hébia, de 13 anos, que desapareceu após sair de casa, na noite da última quinta-feira, em Itaipuaçu, distrito de Maricá, na Região Metropolitana do Rio. O aparelho celular da menina foi desligado.
De acordo com familiares, Gabrielle saiu da residência, por volta das 22h, levando uma mochila, mas não retornou. Testemunhas viram um carro branco, de vidros escuros, em frente à casa da adolescente, momentos antes do sumiço. A família não descarta a hipótese de a menina ter sido aliciada por estranhos nas redes sociais.
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Apreensivos com a demora no retorno e a falta de contato, familiares registraram o desaparecimento na 82ª DP (Maricá) e solicitaram auxílio de policiais militares, que realizam buscas na região. Imagens de câmeras de residências e comércios estão sendo analisadas para ajudar nas investigações.
Conforme a família, Gabrielle não demonstrou mudanças de comportamentos, não apresentava problemas de saúde, tampouco tinha motivos para fugir. A adolescente mantinha, com normalidade, as rotinas domésticas e estudos.
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“Estamos abalados, pois isso nunca ocorreu. Ela saiu de casa por volta das 22 horas e não retornou. Tínhamos algumas divergências, mas coisas normais de família. Ficamos temorosos com a possibilidade de ela ter sido aliciada por algum estranho ou marcado algum encontro nas redes sociais. Sabemos dos riscos. Minha filha pode estar em perigo e estamos focado nas buscas”, disse a mãe, Carla Cristina Cavalheiro, de 45 anos.
Informações sobre o paradeiro da adolescente podem ser repassadas aos telefones 190 (PM) ou à delegacia de Maricá (3731-9965 / 3731-1328).

Adolescência: inexperiência e aliciamentos pelas redes sociais elevam os riscos das ‘aventuras’, dizem especialistas
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Aventuras envolvendo adolescentes são comuns, contudo, a inexperiência faz elevar os iminentes riscos, sobretudo, quando são aliciados, por estranhos, em redes sociais. Portanto, o imaginário coletivo da aventura bem sucedida e o ‘prazer’ momentâneo pela ausência da ‘lei’, representada pelos pais, colocam os adolescentes em um limbo, entre o lazer e a tragédia, conforme, explicam os especialistas.
“Quando o imaginário ganha forma, os adolescentes não medem as consequências e preferem a aventura. Nesses casos, os pais devem ficar sob alerta, sobretudo, quando os filhos ficam muito tempo na Internet ou introspectivos. O diálogo sempre é a melhor forma de prevenção para essas aventuras e desaparecimentos”, alerta Luiz Henrique Oliveira, gerente do Programa SOS Crianças Desaparecidas, da Fundação para Infância e Adolescência (FIA).
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Psicóloga reitera a necessidade do diálogo e acompanhamento dos pais
Para a psicóloga Alessandra Alves Soares, a adolescência é uma fase de transição, novas descobertas, mudanças físicas e emocionais, que precisa de acompanhamento e diálogo.
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“Talvez seja mais difícil para os pais lidarem com essa fase que o próprio adolescente. É um período em que o convite para desfazer velhos conceitos e rever posturas seja bastante contundente. Nem toda família está preparada para isso. Manter o canal de diálogo aberto, a escuta apurada são caminhos interessantes para evitar o distanciamento e a ruptura da relação. O adolescente sempre emite sinal quando algum incômodo está ocorrendo. É preciso estar atento a esses sinais”, explica a psicóloga, que orienta a pais e responsáveis a procurarem apoio às instituições públicas e particulares que oferecem auxílio psicossocial.