Aposentada Vera Gomes, de 64 anos, foi encontrada morta, em uma mata, próximo de casa, no Fonseca, na Zona Norte de Niterói Arquivo Pessoal
Família pede rigor na apuração da morte de aposentada em Niterói
Em apelo nas redes sociais, familiares contestam ‘laudo’ e acreditam haver indícios de crime na morte da diarista Vera Gomes, de 64 anos
Familiares e amigos fizeram um apelo nas redes sociais, na manhã desta terça-feira (26), exigindo maior rigor nas investigações e na apuração da morte da aposentada Vera Maria de Souza Gomes, de 64 anos. A diarista havia desaparecido, no último dia 10, ao sair do prédio onde morava com o marido, no bairro Chic, no Fonseca, na Zona Norte de Niterói, com destino ao Ingá, na Zona Sul, onde faria um serviço no apartamento de uma ex-patroa. Após 15 dias de buscas, ela foi encontrada morta, em um local de mata, a poucos metros de sua residência.
O corpo da aposentada foi localizado, na segunda-feira (25), durante operação realizada por agentes do Setor de Descoberta de Paradeiros (SDP), com apoio do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, que usou cães farejadores. Um suspeito foi preso e encaminhado à Delegacia de Homicídios, em Niterói. Após perícia no local, o corpo foi levado para o Instituto Médico Legal, no Barreto. De acordo com a família, os laudos prévios apontaram que não havia marcas de violência física e sexual, indicando a possibilidade de morte natural.
Consternados, familiares da aposentada Vera Gomes contestam os resultados prévios dos laudos, alegam que houve demora na realização das buscas e acreditam que há indícios de crime. Disseram também que teriam sido orientados a aguardar a apuração dos fatos para não interferir nas investigações. Os agentes chegaram à localização do corpo após analisarem imagens de câmeras de prédios e comércios da região. A diarista costumava caminhar cerca de 1 km até chegar ao local onde embarcava em transportes públicos.
‘Queremos Justiça’
A sobrinha da aposentada, Stefany Magalhães, de 30 anos, alega que houve demora nas buscas e, em nome da família, vai exigir que seja feita Justiça. Stefany não acredita que a tia tenha sido vítima de um mal súbito, pois, segundo ela, há indícios de crime, e o caso precisa ser apurado pela polícia. “Os laudos prévios indicaram morte natural. Mas, pelo que ficamos sabendo, ela foi encontrada amordaçada. Têm muitas perguntas em aberto. Eu duvido, se uma pessoa famosa ou rica tivesse sido encontrada desse jeito, teria um desfecho tão vago. O que eu e minha família queremos é Justiça. Vou enterrar a minha tia com o coração despedaçado. Nem enterro digno poderemos dar, pois será de caixão fechado”, lamentou, emocionada, a corretora de seguros.
Resposta- Em nota, a Polícia Civil do Estado do RJ respondeu que, de acordo com a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), o corpo de Vera Maria de Souza Gomes foi encontrado na segunda-feira (25/03). A perícia foi realizada no local e um suspeito foi identificado e conduzido à delegacia. A autoridade policial representou pela prisão dele junto ao Plantão Judiciário, que entendeu que não cabia ao órgão a análise, por não se tratar de uma questão de urgência, encaminhando o pedido à Vara Criminal pertinente. Diligências seguem para apurar os fatos.
Após exames periciais, o corpo da aposentada Vera Gomes foi transladado para Campos, no Norte Fluminense, onde foi sepultada, na tarde desta terã-feira (26), no jazigo da família no Cemitério São Sebastião.
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