Anitta - REPRODUÇÃO / INSTAGRAM
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Por O Dia*

Rio - Pressionada por fãs nas redes sociais e por onde passava, a cantora Anitta aderiu, neste domingo, ao #EleNão, campanha contra o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), que foi criada por grupo de mulheres e ganhou força na internet nas últimas semanas. Em sua conta no Instagram, Anitta respondeu ao desafio feito por Daniela Mercury e convocou as também cantoras Ivete Sangalo, Claudia Leitte e Preta Gil a entrarem no movimento. O grupo acusa Bolsonaro de ser homofóbico, misógino, racista e intolerante.  

"Se não ficou claro, eu quero deixar claro que não apoio o candidato Bolsonaro. Eu também, em momento nenhum, desmereci a hashtag (#EleNão). São os nossos dias e nossas atitudes que mostram nossa luta contra o preconceito, o racismo, o machismo, a homofobia, a favor das minorias...", disse Anitta.  

Horas antes, também via Instagram, Daniela Mercury se manifestou contra Bolsonaro, que lidera as pesquisas sobre intenções de voto para as eleições de outubro.

"Estou aqui para convidar todas as mulheres brasileiras pra irem pra rua no dia 29 de setembro no movimento #EleNão. Porque ele é machista, homofóbico, racista e um atraso para nossa democracia", afirma a cantora. 

Grupo lança manifesto contra Bolsonaro

Um grupo que inclui artistas, advogados, ativistas e empresários articula um manifesto contra a candidatura de Jair Bolsonaro. O documento intitulado "Pela democracia, pelo Brasil" não indica apoio à candidatura do PT nem de qualquer um dos adversários do deputado, mas afirma ser necessário um movimento contra o projeto antidemocrático do candidato do PSL.

"É preciso dizer, mais que uma escolha política, a candidatura de Jair Bolsonaro representa uma ameaça franca ao nosso patrimônio civilizatório primordial. É preciso recusar sua normalização e somar forças na defesa da liberdade, da tolerância e do destino coletivo entre nós", diz o texto.

O documento diz que o País já teve em Jânio Quadros e Fernando Collor de Mello "outros pretensos heróis da pátria, aventureiros eleitos como supostos redentores da ética e da limpeza política", mas que acabaram levando o Brasil ao "desastre".

"Nunca é demais lembrar, líderes fascistas, nazistas e diversos outros regimes autocráticos na História e no presente foram originalmente eleitos, com a promessa de resgatar a autoestima e a credibilidade de suas nações, antes de subordiná-las aos mais variados desmandos autoritários", diz outro trecho do manifesto

Versão preliminar do manifesto, obtido pela reportagem, conta com cerca de 150 nomes, entre eles os de Maria Alice Setúbal, educadora e acionista do Itaú Unibanco; do economista Bernard Appy; do empresário Guilherme Leal, sócio da Natura; de Caetano Veloso e Paula Lavigne; do advogado e professor da FGV Carlos Vilhena; e do médico Drauzio Varella.

Caetano e Paula Lavigne declararam apoio a Ciro Gomes (PDT) nesta eleição. Maria Alice Setúbal e Guilherme Leal já atuaram ao lado de Marina Silva (Rede) em pleitos passados, mas não têm papel na campanha atual da ex-senadora.

O manifesto deve ser lançado ainda neste domingo, com uma relação inicial de signatários e ficará hospedado num site próprio do movimento. A lista ficará aberta para quem quiser incluir a assinatura.

(* Com informações da agência Estadão Conteúdo)

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