'Cartas Para Martin' aborda racismo e meritocracia - Divulgação
'Cartas Para Martin' aborda racismo e meritocraciaDivulgação
Por TÁBATA UCHÔA
As primeiras páginas do livro "Cartas para Martin", de Nic Stone, que saiu no Brasil pela editora Intrínseca, já começam com um soco no estômago: um jovem negro de 17 anos é preso por um policial branco ao tentar ajudar a ex-namorada bêbada a entrar no carro. 
Por conta da cor de sua pele, Justyce McAllister é considerado suspeito pelo policial, agredido e levado para a delegacia. Depois da experiência traumática, Justyce resolve escrever cartas para Martin Luther King Jr., símbolo da luta contra a segregação racial nos Estados Unidos, que morreu em 1968. O jovem também inicia um projeto pessoal em que antes de agir, deve pensar em como Martin Luther King Jr. agiria e seguir seu exemplo. 
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Apesar de ser um livro voltado para o público jovem adulto, "Cartas Para Martin" discute temas importantes como violência policial contra negros, racismo e até sistema de cotas, meritocracia, colorismo e racismo reverso.
O livro foi lançado nos Estados Unidos dois anos antes do assassinato de George Floyd, ressaltando com isso o importante papel que a literatura tem de retratar a sociedade em que vivemos e que ainda é, infelizmente, dividia pelo racismo.
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George Floyd foi um homem negro que morreu após um policial branco pressionar o joelho sobre seu pescoço por mais de oito minutos, em Minneapolis, nos Estados Unidos, em maio deste ano.