Terreiro da Gomeia será preservado e tombado como Patrimônio CulturalDivulgação
O tombamento foi comemorado por Mãe Seci Caxi, herdeira religiosa do sacerdote, nascido no interior da Bahia. A descendente planeja agora criar um memorial em homenagem a Joãozinho da Gomeia no terreno, localizado na Rua Prefeito Braulino de Matos Reis, 360. O projeto prevê a criação de um espaço de convivência, com recuperação ambiental e estrutura para eventos e cursos, voltados para a comunidade em geral.
“Luto há quase 20 anos por esse tombamento, que ganhou força com apoios que recebemos de diversas partes. Fico muito feliz porque o tombamento dará condições de restaurarmos a casa e construirmos o memorial”, conta Mãe Seci Caxi, que busca recursos públicos para o projeto.
A medida tomada pelo Inepac também foi elogiada pela pesquisadora Adriana Batalha, cuja tese de doutorado em Antropologia pela Universidade Federal Fluminense (UFF) foi baseada na trajetória do líder religioso. Segundo ela, a preservação mira principalmente a manutenção de um espaço que tem enorme importância para a história do município da Baixada Fluminense e por contribuir para combater a intolerância religiosa.
“O terreiro foi frequentado por muitas pessoas famosas na época e também funcionava como um local de festas e de assistência para a comunidade. O Joãozinho era um grande benfeitor para os moradores do entorno e uma personalidade influente e é importante que toda essa memória seja preservada”, afirma a pesquisadora.
O diretor do Inepac, Cláudio Elias, ressaltou que o Instituto atende a um anseio de seguidores e estudiosos e se ampara nos aspectos técnicos que justificaram a medida.
A secretária de Estado de Cultura e Economia Criativa, Danielle Barros, também destacou a contribuição cultural que o tombamento vai proporcionar.




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