Rio - As obras da UTE GNA II, que será a maior usina termoelétrica do país, podem gerar cerca de cinco mil vagas de emprego voltadas à contratação de mão de obra local na região de São João da Barra e de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense. Até o momento, não há previsão para o início da construção. Por enquanto, a Gás Natural Açu (GNA) ainda analisa o cenário da pandemia do coronavírus. As áreas de atuação, os requisitos e outros detalhes sobre os postos de trabalho não foram divulgados.
Por meio do Sistema Automatizado de Gestão da Empregabilidade (SAGE), ferramenta da Prefeitura de São João da Barra, os moradores podem cadastrar o currículo e os dados pessoais. Mas vale ressaltar que o sistema funciona como um banco de currículos. Desta forma, as empresas da região buscam, na plataforma, os candidatos compatíveis às vagas disponíveis. O cadastro pode ser feito pelo link: https://www.sistemasage.com.br/.
Termoelétrica no Porto do Açu
No último dia 16, a GNA anunciou que irá iniciar sua operação comercial de sua primeira termoelétrica no Porto do Açu. A medida acontece após a autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e contribuirá para a segurança energética do Sistema Interligado Nacional (SIN). A unidade, movida à Gás Natural Liquefeito (GNL), pertence à joint venture formada por BP, Siemens, Prumo Logística e Spic Brasil e será a segunda maior usina termelétrica em operação no país.
Recentemente, a GNA concluiu a emissão de debêntures de infraestrutura, destinada à operação de refinanciamento da UTE GNA I, no valor de R$ 1,8 bilhão. A transação foi inédita no mercado de capitais por vários aspectos, com destaque para atuação do BNDES, pela primeira vez, como investidor e estruturador de uma operação desta natureza.
Segundo a GNA, a localização estratégica do Porto do Açu - próximo aos campos produtores de gás offshore, à malha de gasodutos terrestres e ao circuito de transmissão 500 kV de energia - possibilitará a expansão do hub de gás e energia a partir do recebimento, processamento e transporte do gás natural associado e da integração entre o setor de gás com setores elétrico e industrial. Desempenhando, assim, "um papel relevante e estratégico no desenvolvimento socioeconômico do Brasil nos próximos anos", conforme informou a empresa. O investimento total planejado para o complexo de gás e energia da GNA é de cerca de USD 5 bilhões.
O diretor presidente da GNA, Bernardo Perseke, destaca que a entrada em operação comercial da UTE GNA I é um marco na história da companhia. "É com grande satisfação que anunciamos o início da operação comercial de nossa primeira usina, que marca a transição da GNA para uma empresa operacional, como um player de destaque no setor elétrico brasileiro. Entramos em operação em um momento crucial para o país, trazendo energia confiável para o sistema, a partir do gás natural, um combustível catalisador da transição energética global".
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