Universidade oferece curso de capacitação em vendas por rede social para moradoras da RocinhaDivulgação
No projeto, as alunas aprendem noções de fotografia e design para as redes, recursos do Instagram, conceitos de marketing digital, identidade visual e planejamento. No primeiro semestre deste ano, a iniciativa formou uma primeira turma, composta por costureiras, doceiras, cabeleireiras e donas de negócios locais.
As inscrições acontecem até 14 de agosto pelo formulário disponível no site https://www.instagram.com/jornalfalaroca/. As aulas serão ministradas na Biblioteca Parque da Rocinha C4, Estrada da Gávea, nº 454.
A escolha do público-alvo contou com a ajuda dos articuladores locais, Jornal Fala Roça e Museu Sankofa, e levou em conta o perfil das famílias que moram em favelas. A maioria é chefiada por mulheres. Segundo o levantamento da consultoria IDados, com base nos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa realidade tem se tornado cada vez mais comum no Brasil. Hoje, 34,4 milhões das casas brasileiras, equivalente a 48%, são chefiadas por mulheres. Na Rocinha, esse número sobe para 76%, segundo o Jornal comunitário Fala Roça, em levantamento feito durante doações de cestas básicas na pandemia.
O projeto é desenvolvido em parceria entre os departamentos de Comunicação e de Serviço Social, o ECOA PUC-Rio, o Laboratório de Humanidades Digitais, o Jornal Fala Roça, o Museu Sankofa Memória e História da Rocinha e a Biblioteca Parque, onde acontecem as oficinas. Faz parte do edital do Programa Favela Inteligente em Apoio às Bases para o Parque de Inovação Social e Sustentável na Rocinha, promovido pela FAPERJ.
Além de professores da universidade, a produção da websérie e das oficinas envolve um projeto de extensão com a participação de alunos da graduação e da pós, alguns deles moradores da favela. Para os próximos ciclos de oficinas, o grupo espera contar com a parceria de empresas interessadas em apoiar as mulheres da comunidade.
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