Advogado Luiz Fernando Casagrande gostou dos argumentos de Fachin contra a recomendação do relator Luís Roberto Barroso - Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
Advogado Luiz Fernando Casagrande gostou dos argumentos de Fachin contra a recomendação do relator Luís Roberto BarrosoFabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil
Por ESTADÃO CONTEÚDO

Brasília - A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou o voto do ministro Edson Fachin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a favor da candidatura do petista, preso e condenado no âmbito da Operação Lava Jato. Fachin abriu a divergência no julgamento em relação ao relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso.

Fachin deu aval ao registro do petista, sob o argumento de que não é possível afastar o comunicado do Comitê de Direitos Humanos da ONU que defende o direito de Lula concorrer nas próximas eleições. Já Barroso se posicionou contra a candidatura do ex-presidente sob o argumento de que ele está enquadrado na Lei da Ficha Limpa.

"Eu acho que o voto do Fachin, independentemente do resultado, lava a alma, porque a decisão do comitê de Direitos Humanos da ONU foi chamada de ata de condomínio, do subcomitê do comitê", disse, durante a sessão, o advogado Luiz Fernando Casagrande Pereira, um dos defensores de Lula no TSE.

O ministro Edson Fachn foi o único a votar a favor de Lula - Carlos Moura / TSE

6 a 1

Lula teve seu registro de candidatura impugnado por seis votos a um. "Acho que a gente deveria parar para uma reflexão. O ministro Fachin deu um voto profundo, vertical e desconstruiu - certo ou errado - o voto do Barroso. Ele desconstrói uma posição que subestimava o comitê da ONU, subestimava a decisão do comitê de ONU. O voto vertical, profundo, pode não prevalecer, mas ninguém vai poder dizer que o presidente Lula não tinha uma decisão hábil a garantir a sua candidatura", avaliou Casagrande Pereira.

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