São Paulo - Sem saber quando Jair Bolsonaro deixará o hospital, aliados do deputado planejam ações para manter sua campanha viva nas ruas. No domingo, está previsto um ato de apoio nos arredores do Albert Einstein, em São Paulo, onde o candidato à Presidência do PSL está internado desde a semana passada.
Chamada de "vigília silenciosa", a manifestação começou a ser organizada nesta sexta-feira, 14, e pretende reunir eleitores em "uma corrente de oração", dizem assessores de Bolsonaro. A ideia é que o ato seja um marco simbólico da nova fase da campanha.
Aliados nutrem esperança de, até lá, o deputado já ter retornado ao quarto e, assim, conseguir acenar da janela aos seus eleitores. Não há ainda, porém, previsão médica sobre isso.
Paralelamente, assessores disparam via redes sociais e WhatsApp uma convocação para que eleitores de Bolsonaro vistam amarelo nos estádios de futebol ao longo desta rodada do Campeonato Brasileiro como forma de homenagear o candidato e dar visibilidade à sua campanha.
O grupo mais próximo de Bolsonaro tenta retomar a ofensiva nas ruas num momento em que rivais voltam a disparar ataques ao deputado e o PT intensifica sua campanha ao redor de Fernando Haddad. Os aliados do deputado pretendem usar o mote de que a mobilização é importante para que seja possível elegê-lo já no primeiro turno.
Bolsonaro lidera as pesquisas de intenção de voto, mas tem rejeição alta e perde para a maior parte de seus concorrentes nas simulações divulgadas até o momento de segundo turno.
Já está programado para a próxima semana o evento "Viva Bolsonaro" na quinta, dia 20, em Sorocaba. O convite para o ato convoca eleitores a fazer parte do "maior evento pró-Bolsonaro".
O presidenciável será representado neste dia pelo filho Eduardo Bolsonaro, que é deputado federal e candidato à reeleição, por Major Olímpio, que tenta vaga no Senado, e outros candidatos do PSL como Alexandre Frota e Frederico D'Ávila. Há expectativa ainda de que Hamilton Mourão, vice de Bolsonaro, possa se unir ao grupo.