Rio - Ficou para o dia 28 de outubro. Por pouco. Com 94,47% das urnas apuradas, Jair Bolsonaro acumulou 46,82% dos votos válidos e garantiu, matematicamente e na primeira posição, um lugar no segundo turno das eleições para a Presidência da República. O candidato do PSL vai disputar a corrida rumo ao Palácio do Planalto com Fernando Haddad (PT), que teve 28,22%.
Em terceiro lugar chegou Ciro Gomes (PDT), seguido por Geraldo Alckmin (PSDB), João Amoêdo (Novo), Cabo Daciolo (Patriota), Henrique Meirelles (MDB), Mariana Silva (Rede), Álvaro Dias (Podemos), Guilherme Boulos (Psol), Vera Lúcia (PSTU), Eymael (DC) e João Goulart Filho (PPL).
À tarde, horas antes de o resultado final ser divulgado, um dos principais integrantes da equipe de Bolsonaro, o advogado Gustavo Bebbiano, presidente do PSL, disse que, no segundo turno, o tom da publicidade e dos discursos de campanha seria de mobilização e foco no ataque aos concorrentes.
"É porrada", afirmou. "Se tiver um segundo turno, o confronto vai ser direto. Com o PT não tem conversa", ressaltou. "Vamos com força, não vamos ter piedade com os erros e os males do PT".
Do outro lado, aliados de Haddad divergem sobre a postura que o candidato deve adotar contra Bolsonaro. Assim como na campanha de primeiro turno, a divergência está entre adotar um discurso de ataque contra o adversário ou apostar na discussão de propostas e no desgaste gradual de Bolsonaro.
"No segundo turno, tem que focar em propostas. O discurso moral e os ataques ficam para os eleitores", disse um parlamentar petista. "Ele teria que bater mais", falou outro aliado, em discordância.
(* Com informações do Estadão Conteúdo)