Brasília - Candidato à Presidência pelo PT, Fernando Haddad apelou mais uma vez para que o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) participe de debates frente a frente no segundo turno da disputa: "Por que entrevista pode e debate não?", questionou o petista. "Da onde saiu essa prescrição médica? Gostaria de entender melhor."
O petista acusou ainda o candidato do PSL de espalhar mentiras dizendo que, durante os governo do PT, o Ministério da Educação distribuiu o chamado kit gay nas escolas.
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"Ele não conhece escola pública, ridícula essa manifestação. Por isso que foge dos debates", atacou Haddad. "Você acha certo ganhar voto mentindo contra seu oponente? Isso não tem nenhum cabimento."
O ex-prefeito de São Paulo também gravou um curto vídeo desafiando o adversário a participar do debate. "Deputado Bolsonaro, vem contar para o povo brasileiro o que você fez durante 28 anos no Congresso Nacional. Vem pro debate!", diz o petista.
Na quarta-feira, a equipe médica que supervisiona a recuperação do presidenciável recomendou que ele não participe de nenhum debate até o próximo dia 18. Com isso, foram cancelados os debates da TV Bandeirantes, Estadão/TV Gazeta, Rede TV/IstoÉ e SBT/Folha, previstos para ocorrer antes da próxima avaliação médica, marcada para o dia 18.
Ato de apoio e defesa de reformas bancária e tributária
Em entrevista para âncoras de 90 rádios nordestinas, Haddad defendeu nesta quinta-feira as reformas nos sistema tributário e bancário brasileiro. Segundo ele, é necessário taxar os bancos, que cobram juros altos, regulamentando e reformulando o sistema. “Sem reforma bancária e sem reforma tributária, a economia não vai reagir", disse ele em Brasília.
Para Haddad, a reforma tributária deve prever aumento de impostos a grandes fortunas e zerar os impostos para quem ganha até cinco mínimos. “Com isso o poder de compra vai aumentar, isso vai aquecer a economia que é o caminho para arrecadar mais”. Segundo ele, os “milionários” é que devem pagar mais tributos.
Ao deixar o local da entrevista, na região central de Brasília, o candidato foi cercado por algumas dezenas de simpatizantes e apoiadores. Ele recebeu abraços e tapas nas costas, ouviu palavras com desejos de sorte e estímulo para a campanha neste segundo turno. O ato de apoio incluiu cânticos e referências ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
*Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo