Fernando Haddad (PT) fala à militância após divulgação do resultado das eleições de 2018 - Reprodução/ Facebook
Fernando Haddad (PT) fala à militância após divulgação do resultado das eleições de 2018Reprodução/ Facebook
Por O Dia

Rio - O presidenciável derrotado Fernando Haddad (PT) falou em coragem e trabalho de base à militância em seu discurso após a divulgação do resultado da eleição presidencial na noite deste domingo. "Nós temos que fazer uma profissão de fé de que vamos conversar com as pessoas, nos reconectando com as bases e com os pobres desse país para retecer um programa de nação que há de sensibilizar mentes e corações", disse. 

Haddad reconheceu a derrota e estimulou a composição de uma oposição que defenda 'os interesses do povo'. "Verás que um professor não foge à luta, nem teme quem lhe adora a liberdade a própria morte", disse o presidenciável, que foi aplaudido.

"Nosso compromisso é um compromisso de vida com esse país. Nós vamos colocar esse país acima de tudo e vamos defender os nossos pontos de vista respeitando a democracia e as instituições", declarou.

O ex-prefeito de São Paulo falou ao lado da vice, deputada Manuela D'Ávila (PCdoB), do presidenciável derrotado do PSOL, Guilherme Boulos, da mulher, Ana Estela, e de correligionários como o senador Lindbergh Farias (PT). Em um hotel na Zona Sul de São Paulo, Haddad agradeceu à mulher, à vice, familiares e aos partidos aliados, que, segundo ele, o ajudaram a ter mais de 45 milhões de votos. 

Haddad agradeceu os votos e disse que uma parte expressiva da população brasileira, que votou nele, precisa ser respeitada. "Eu senti angústia e medo na expressão de muitas pessoas. Não tenham medo. Nós estaremos aqui. Nós estaremos juntos. Coragem. A vida é feita de coragem. Viva o Brasil!", declarou, arrancando vivas da militância.

"Uma parte expressiva da população brasileira que diverge da maioria precisa ser respeitada hoje", disse. "Temos a responsabilidade de fazer uma oposição que coloque os interesses do povo brasileiro acima de tudo."

O presidenciável defendeu a democracia e a soberania nacional, dizendo que desde 2016 o país vive um período em que as "instituições são colocadas à prova a todo instante". Ele citou o impeachment de Dilma, a prisão, segundo ele, injusta de Lula e a cassação do registro de candidatura do ex-presidente. " Fomos a todos os rincões levar a mensagem de que a soberania e a democracia está a cima de todos nós", afirmou. 

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