Secretário da Saúde explicou que a medida tem o objetivo de repor médicos que sejam infectados 
 - Reprodução/ Agência Brasil
Secretário da Saúde explicou que a medida tem o objetivo de repor médicos que sejam infectados Reprodução/ Agência Brasil
Por O Dia

Rio - O governo de Cuba informou nesta quarta-feira que decidiu interromper o programa Mais Médicos no Brasil. Em nota, o Ministério da Saúde cubano justificou a saída do programa por declarações do presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro. Em nota, a pasta diz que Bolsonaro faz 'referências diretas, depreciativas e ameaçadoras à presença de nossos médicos'. O texto também ressalta que Bolsonaro disse condicionaria a permanência dos médicos cubanos à revalidação do título, o que, segundo o governo cubano, questiona sua preparação. 

O Programa Mais Médicos foi criado em agosto de 2013, no governo de Dilma Rousseff, para ampliar a cobertura médica no interior do país. A nota diz que o programa tinha "o nobre propósito de garantir atenção médica ao maior número da população brasileira, de acordo com o princípio da cobertura universal de saúde promovido pela Organização Mundial de Saúde". O convênio com o governo cubano é feito entre Brasil e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

O presidente eleito se posicionou no início da tarde desta quarta-feira: "Condicionamos à continuidade do programa Mais Médicos a aplicação de teste de capacidade, salário integral aos profissionais cubanos, hoje maior parte destinados à ditadura, e a liberdade para trazerem suas famílias. Infelizmente, Cuba não aceitou", escreveu.

"Nestes cinco anos de trabalho, cerca de 20 mil funcionários cubanos atenderam 113 milhões e 359 mil pacientes, em mais de 3 mil e 600 municípios, chegando a cobrir para eles um universo de até 60 milhões de brasileiros na época em que constituíam os 80% de todos os médicos participantes do programa. Mais de 700 municípios tiveram um médico pela primeira vez na história", segue a nota.

O Ministério de Saúde Pública de Cuba tomou a decisão de 'não continuar participando' do programa e informou Diretor da Organização Pan-Americana da Saúde e os líderes políticos brasileiros que o fundaram.

O governo brasileiro ainda não se pronunciou.

Você pode gostar