Urna eletrônica - Reprodução/Internet
Urna eletrônicaReprodução/Internet
Por O Dia
Acessibilidade é a palavra-chave para que 1.158.405 eleitores possam comparecer às urnas em todo o país e exercer plenamente o direito de cidadão no dia 15 de novembro. Esse é o contingente de pessoas que declarou ter algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida.Para o pleito deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) preparou algumas medidas com o objetivo de facilitar o comparecimento às urnas e o voto. Pela primeira vez, por exemplo, deficientes visuais poderão ouvir o nome do candidato após digitar o número correspondente na urna eletrônica. 
Isso evita que haja a necessidade de se ter alguém ao lado na hora do voto para confirmar se a escolha corresponde de fato ao candidato, o que quebrava uma regra básica do nosso processo democrático: o sigilo na hora de se fazer a opção por quem o eleitor deseja que o represente. 
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Trata-se de um recurso de sintetização de voz, tecnologia que transforma o texto em som. É como se a máquina fizesse o papel de uma pessoa lendo o conteúdo de algum documento. O sistema permite mais autonomia e segurança na hora do voto. 
Para utilizá-lo, o eleitor com inscrição que o identifique como deficiente visual deve informar ao mesário para que ele habilite o recurso. "Será possível ouvir o nome do candidato e serão fornecidos também fones de ouvido, descartáveis, para garantir o sigilo do voto", diz o presidente da Comissão de Acessibilidade do TRE-RJ, juiz Paulo Roberto Fragoso. "É mais um avanço no sentido de permitir fazer valer o voto", acrescenta. 
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Os eleitores com dificuldades de locomoção tiveram até o último dia 1º de outubro a possibilidade de escolher o local de votação que fosse mais acessível, o que facilita o comparecimento às urnas. Também há prioridade no momento do voto. Se o eleitor que tem algum tipo de deficiência ou dificuldade de locomoção assim desejar, poderá contar com o auxílio de uma pessoa de sua confiança, mesmo que não tenha feito a requisição antecipadamente ao juiz eleitoral. 
No Rio e em outras grandes cidades, haverá nos locais de votação um coordenador de acessibilidade para orientar os eleitores com deficiência. Em caso de dúvida ou de necessidade, basta que o eleitor o procure. Na avaliação de Fragoso, o respeito é um fundamental instrumento democrático: "O voto é a mais importante emanação de cidadania e a todos iguala. Nesta linha de princípios, é de importância primordial a participação de todos e, por óbvio, dos que possuem necessidades especiais".