Vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018 - Reprodução
Vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018Reprodução
Por MARCO ANTÔNIO CANOSA

Eleitores dos 92 municípios do estado vão às urnas hoje escolher prefeitos e vereadores. Mais uma vez, a eleição traz o carimbo da violência. Foram pelo menos 12 atentados, sete deles em novembro, que provocaram a morte de sete candidatos ou pessoas ligadas à política nos últimos meses. Só neste mês foram três mortos e um ferido.

Segundo o Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), o Rio de janeiro é o segundo estado com mais ataques ligados à política, atrás de Pernambuco. O mais recente foi na sexta-feira (13), em Cavalcante, na Zona Norte, quando um carro de campanha do candidato a vereador Bruno Jesus (PV) foi atingido por um tiro. Ninguém ficou ferido.

Na quinta-feira, o candidato a vereador em Magé, Kleyson Gatão (PSL) e um cabo eleitoral foram atacados a tiros em um posto de combustíveis. Na mesma noite, em Búzios, o candidato a prefeito Tom Viana (PSL) foi atacado por pistoleiros. Ambos estavam em carros blindados e não se feriram.

No dia 30 de outubro, Renata Castro, assessora do candidato a prefeito de Magé, Renato Cozzolino (PP), foi executada na porta de casa, com 14 tiros.

Todos os ataques estão sendo investigados pela Polícia Civil, que apura o envolvimento de milicianos na maioria dos casos. Pelo menos três das vítimas eram suspeitas de ligação com grupos paramilitares.

Domingos Rocha Cabral, o Domingão (DEM), executado em Nova Iguaçu, havia sido preso em julho com o irmão PM suspeitos de chefiar milícia. Mauro Miranda (PTC), assassinado em Nova Iguaçu, tinha em sua ficha uma condenação por porte ilegal de arma. Zico Bacana (Podemos), baleado em Ricardo de Alburquerque, foi citado pela CPI das Milícias como chefe de milícia em 2008, mas não indiciado.

 

Você pode gostar
Comentários