Eduardo Paes disse que desde a manhã de ontem fez ligações e reuniões em busca de apoio político - Luciano Belford/Agencia O Dia
Eduardo Paes disse que desde a manhã de ontem fez ligações e reuniões em busca de apoio políticoLuciano Belford/Agencia O Dia
Por O Dia

A menos de duas semanas do 2º turno da eleição para prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM) e Marcelo Crivella (Republicanos) não perderam tempo e já começaram a se movimentar nos bastidores para tentar conquistar o apoio dos partidos que foram derrotados no 1º turno.

Em conversa com os jornalistas, na porta de casa, ontem, Paes admitiu que começou a fazer ligações em busca de apoio nas primeira horas do dia. "Estou desde de 5, 6 horas da manhã conversando com várias frentes políticas", contou ele, que teve várias reuniões para definir estratégias.

"Eu quero voltar às ruas, debater a cidade, conversar sobre os temas e buscar apoio dessa base política importante que tem no Rio de Janeiro. Quero conversar com aqueles que estiveram com a Martha, com a Benedita, com o Bandeira, com Fred Luz, com Luiz Lima. São pessoas que certamente rejeitam o Crivella e que não acreditam nessa administração", explicou.

Ao ser questionado se espera o apoio de Martha Rocha (PDT) - que já expressou que ficará neutra — e Benedita da Silva (PT) neste segundo turno, Paes diz que quer o voto dos eleitores de todas as frentes políticas que tiverem no Rio. "Essa é uma candidatura que não tem um perfil de ideologia, quero tratar do Rio de Janeiro, quero cuidar das coisas da cidade. O que angustia as pessoas não é a candidatura A, B ou C. O que angustia a população é de fato a tragédia que tem sido a administração do Crivella", afirmou.

"Vamos no segundo turno debater a cidade, discutir, mostrar a tragédia que é esse governo do Crivella, que as pessoas estão sofrendo sem atendimento nas Clínicas da Família, os BRTs não funcionam. É um momento de muita angústia para a cidade, de muita perda de expectativa, fé, crença na cidade, mas a gente vai fazer o rio voltar a dar certo", frisou o democrata.

FOCO NA ZONA OESTE

Também em entrevista coletiva, Crivella questionou se o Rio quer continuar se reerguendo ou a volta da corrupção. "O que nós queremos para a nossa cidade? A volta da corrupção, da negociata, das obras combinadas, do secretário de Obras com 76 anos de cadeia? Do secretário de Saúde com bens indisponíveis, entre outras dezenas de secretários e funcionários envolvidos em corrupção? Uma dívida gigantesca para pagar? Ou vamos continuar erguendo nossa cidade sobre a rocha, com toda a luta, com toda a dificuldade, mas de maneira honrada e digna?", perguntou.

O atual prefeito admitiu que vai investir ainda mais na Zona Oeste, principalmente para garantir os votos dos evangélicos da região. Em Campo Grande, por exemplo, Crivella teve desempenho melhor do que Paes.

"A Zona Oeste é o local com a maior presença dos evangélicos da cidade. E vou me dirigir a eles. É um voto de consciência. Nós temos o mandamento: 'não roubarás'. Isso foi escrito nas tábuas no Monte Sinai. Há leis que não mudam: aquelas que foram escritas pelo dedo de Deus. 'Não matarás', 'não roubarás'", disse.

O prefeito também antecipou que vai procurar partidos e políticos conservadores para fazer alianças e afirmou que segue contando com o apoio do presidente Jair Bolsonaro. "Estando ao nosso lado, ele enobrece e engrandece a nossa candidatura".

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