Marcelo Crivella atacou institutos de pesquisas - Reginaldo Pimenta
Marcelo Crivella atacou institutos de pesquisasReginaldo Pimenta
Por O Dia
 O debate que a CNN Brasil pretendia fazer com os candidatos à Prefeitura do Rio na noite desta terça-feira não foi possível porque Eduardo Paes (DEM) desmarcou e disse que só vai participar de dois (Band e TV Globo). Ele alegou tempo curto da campanha de segundo turno. Com isso, Marcelo Crivella (Republicanos) foi entrevistado e aproveitou os 30 minutos para atacar o adversário e acusá-lo de corrupção. Sobre a covid-19, Crivella disse não acreditar haver risco de uma segunda onda na cidade e descartou lockdown.
"Se isso ocorresse (piora da situação e aumento dos casos) poderia pensar. Mas no Rio não há hipótese de isso ocorrer. Temos hospital de campanha com 500 leitos, sendo 400 com vagas para enfrentar qualquer tipo de onda. Mas não temos essa notícia, o que aumentou foi o número de consultas, que não se transformou em internações. Aqui não tem perspectiva de lockdown, pelo contrário. Gostaria de dizer que o Rio é um local seguro para as pessoas virem no próximo verão", afirmou.
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Perguntado sobre os casos de corrupção investigados pelo Ministério Público envolvendo a atual gestão e a de seu adversário, Crivella aproveitou para atacar Paes e negou ter relação com o QG da Propina, além de dizer não conhecer o operador do esquema, Rafael Alves.
"As investigações que se referem a Eduardo Paes são motivadas pela Lava Jato. Tem delações dos funcionários, denúncias por corrupção. Funcionários da Prefeitura pegaram 76 anos de prisão, o que pegou menos foram 13 anos. São coisas concretas. Eu confirmei porque nomeei comissão de engenheiros orçamentistas e tudo foi constatado. Em relação a mim, parece piada. Quero saber quais são as provas contra mim. Mera fofoca. Onde estão empreiteiros para me denunciar, os doleiros, os funcionários para fazer a delação? Eu não sou réu, Eduardo é. É comparar conta-gotas com tromba de elefante", ironizou.
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Em relação ao alto número de rejeição apontado pelas pesquisas recentes - chegando próximo a 70% -, Crivella disse não acreditar que os números reflitam a realidade.
"São 4,8 milhões de eleitores. Quem vota são 55% deles. Se considerar esse número, a rejeição cai para 20%. As pesquisas usam esses números de maneira errada.. É impossível ter 70% de rejeição, isso é um absurdo. Matematicamente pode defender isso, mas é uma idiotice. Esses institutos são movidos por sua paixão, fazem pesquisa por telefone, não sobem comunidades. Aumentam os entrevistados com nível superior para manipular", atacou.