Ex-secretário de Saúde do Rio Daniel Soranz é plano A de Eduardo Paes - Arquivo pessoal/Facebook
Ex-secretário de Saúde do Rio Daniel Soranz é plano A de Eduardo PaesArquivo pessoal/Facebook
Por O Dia
Os nomes para uma possível gestão caso vença a eleição de domingo ainda não estão definidos, mas o candidato à Prefeitura do Rio Eduardo Paes (DEM) confirmou na semana passada o desejo de ter o ex-secretário Daniel Soranz na Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Em entrevista ao site do jornal "Valor Econômico’’, Paes apenas externou o que já é falado em reuniões internas de campanha.
Funcionário da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e doutor em epidemiologia, Soranz é o plano A para a pasta e, por enquanto, não há outro nome. Inclusive, segue contribuindo nos bastidores e fez parte da equipe que montou o planejamento de saúde para um eventual governo. Entretanto, ninguém prefere cravar essa possibilidade enquanto não houver o resultado final.
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"Obviamente eu e toda a equipe estamos disponíveis para ajudar no que precisar. Faz um pouco de parte da minha trajetória como sanitarista. Queremos ajudar a construir um sistema de saúde melhor e mais forte, mas primeiro tem que ganhar eleição, respeitar o outro candidato que está concorrendo. Agora não é o momento de ver nada sobre isso, é hora de discutir o Rio, as propostas dos candidatos para o SUS e se preocupar em escolher nomes técnicos que tenham experiência e formação na saúde pública", desconversou Soranz, que preferiu não falar sobre o que pode ser feito a partir de 2021, caso se torne secretário da pasta.
"Agora temos que focar muito em debater a cidade. Quem assumir precisa estar preparado para receber um sistema de saúde que foi destruído", atacou.
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Soranz foi secretário de 2013 a 2016 e tem participado da campanha atual. Inclusive, durante as negociações para vice na chapa, Paes tentou emplacá-lo numa tentativa de acordo com o PSL. O ex-secretário chegou a se filiar pelo partido, mas Luiz Lima entrou na disputa.
É da época em que foi secretário que Soranz responde a uma ação de 2017 do Ministério Público Estadual por improbidade administrativa. A denúncia diz que houve desvio de R$ 6,17 milhões em convênio firmado pela SMS e a Fundação Bio Rio, em 2014 e 2015.
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Segundo os promotores, o ex-secretário teria ciência das irregularidades, como o pagamento de taxas indevidas, e "deixou de adotar as medidas necessárias para cessar o vínculo da fundação com o município". Soranz nega e garante não ter cometido irregularidade alguma.
"É uma ação ligada ao cargo que eu ocupava. Certamente não é denúncia criminal, de corrupção ou de desvio de conduta. É ligada à renovação de um convênio que foi aprovado pela comissão da Secretaria de Administração. Todos os contratos e convênios da Secretaria de Saúde tinham uma comissão totalmente independente do secretário. Não fui nem eu que assinei esse contrato. Mas por eu estar no cargo é importante responder e deixar tudo esclarecido. Já aconteceu com outros secretários. Nenhuma preocupação em relação a isso. Confio na Justiça que terá capacidade de mostrar que nunca houve nenhum tipo de atitude ilegal de minha parte ou da Secretaria".