Para o parlamentar, a eleição presidencial "ainda está muito longe" e "tem pouca relação" com a eleição municipal: "Apenas uma vinculação de vereadores com a eleição de deputados. O resto é uma questão de construção política para cada um dos campos políticos do Brasil."
Maia disse que, a partir desta segunda-feira (30), espera que o governo federal encaminhe questões relativas ao orçamento para 2021. "Nós temos um problema grande, uma operação difícil de ser construída, que é manter o orçamento dentro do teto de gastos, (isso) depende muito do governo. Eu espero que o governo amanhã mostre à sociedade a sua coragem, a sua capacidade de enfrentar os problemas. A Câmara está pronta para isso, mas depende do Senado, que essa matéria será votada primeiro no Senado. A gente precisa cortar despesas para poder aprovar o orçamento. Isso no dia de amanhã parece desgastante, mas a partir de dois, três meses é o correto para o Brasil", afirmou o deputado.
"O governo precisa mostrar onde vai cortar. Se nós não cortarmos na indexação das aposentadorias, se não cortarmos em benefícios para servidores, se não mudarmos o abono salarial para outro programa, seguro defeso, todos programas difíceis de serem acabados, nós vamos ter dificuldade de aprovar o orçamento. O teto vai ser garantido com essas mudanças", seguiu Maia. Segundo ele, até o final do ano deve ser votado o projeto que concede autonomia ao Banco Central: "A Câmara está madura para isso, depende do diálogo", afirmou.
Questionado sobre a hipótese de sua reeleição ao cargo de presidente da Câmara, Maia foi enfático: "A Constituição hoje não permite".