Simone Tebet é candidata ao Planalto pelo MDBReprodução / Instagram

A candidata à Presidência da República Simone Tebet (MDB) saiu em defesa da vice Mara Gabrilli (PSDB-SP), após reportagem do Estadão revelar que a senadora destinou R$ 19,2 milhões em emendas do orçamento secreto em 2020. A candidata afirmou que nunca criticou todos que utilizam as emendas, mas sim aqueles que omitem sua destinação.
"Parabéns Mara Gabrilli por ter sido a primeira a abrir as contas. É isso que nós queremos do homem público. O dinheiro é do povo e nós temos que dar transparência", afirmou a jornalistas. De acordo com documentos enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF), Gabrilli enviou verbas para 19 municípios com recursos para postos de saúde e hospitais.
Encontro com observadores internacionais
A declaração ocorreu após encontro com membros do Observatório da Democracia do Parlamento do Mercosul, que participarão da fiscalização das eleições de outubro. O encontro, que foi parcialmente aberto à imprensa, teve a presença de sete parlamentas de Argentina, Uruguai e Paraguai. Eles trataram sobre o processo eleitoral brasileiro e o respeito ao resultado do pleito deste ano. Além disso, fizeram menção à preocupação com uma maior participação das mulheres na política.
"A presença do observatório só fortalece a democracia brasileira", afirmou Tebet mencionando que a sua candidatura foi a primeira a protocolar no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um manifesto em que reiterava a confiança no processo eleitoral. A candidata ainda falou sobre a necessidade de se manter boas relações com países vizinhos e defendeu uma "integração regional" entre nações da região.
"Se nos elegermos, queremos governar junto com a América do Sul, com a América Latina, abraçando nossos países irmãos", afirmou. A declaração ocorre dias após o Chile convocar seu embaixador em protesto às falas do Presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) contra o presidente Gabriel Boric. Bolsonaro acusou o presidente chileno de "queimar o metrô" durante protestos que ocorreram no país em 2019.
A comitiva do Parlamento do Mercosul chegou ao Brasil no último domingo e permanece no País somente até esta quarta-feira. Os parlamentares já se reuniram com os candidatos Felipe D’Avila (Novo) e Soraya Thronicke (União). Segundo assessores, os parlamentares tentarão se reunir com o restante dos candidatos no final de setembro, antes do primeiro turno das eleições.