Ultimo debate dos candidatos à presidência da Republica, nesta quinta-feira(29). Foto: Cléber Mendes/Agência O DiaCléber Mendes/Agência O Dia

Os candidatos ao Palácio do Planalto Simone Tebet (MDB) e Luiz Felipe d'Avila (Novo) divergiram na madrugada desta sexta-feira, 30, sobre a privatização da Petrobras e dos bancos públicos. Durante o debate realizado pela TV Globo, a emedebista defendeu manter a estatal petroleira, o Banco do Brasil e a Caixa no controle da União.
"Tem algumas estatais que são da essência do serviço público", afirmou Tebet, ao citar os bancos públicos. Como exemplo, a senadora citou o Plano Safra, que viabiliza o financiamento do agronegócio a juros mais baixos, e os programas de crédito para habitação da Caixa.
Tebet defendeu manter a Petrobras estatal na área de extração do petróleo, mas disse que é necessário privatizar as refinarias. A emedebista afirmou que tanto seu eventual governo, quanto o de D’Avila seriam "parceiros" da iniciativa privada, mas afirmou acreditar que o Estado deve cuidar da saúde, educação e segurança pública.
O candidato do Novo, por sua vez, argumentou que privatizar a Caixa e o BB aumentaria a concorrência no setor bancário e que vender a Petrobras impediria novos escândalos de corrupção, "principalmente se o PT voltar ao poder". Tebet, nesse ponto, disse que na Petrobras houve o "maior escândalo de corrupção da história do País" com a conivência, inclusive, do MDB, seu próprio partido.