O Governador Claudio Castro votou na manhã deste domingo (02), na Escola Municipal Golda Meir, na Barra da Tijuca, acompanhado da famíliaReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Witzel ainda tentou se candidatar novamente para governador durante este ano mas foi impedido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Ele é réu por corrupção e lavagem de dinheiro acusado de participar de esquemas de corrupção na área da saúde. A defesa do ex-governador, no entanto, alegou ao Tribunal Misto que as acusações são fruto de perseguição política e disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) que as regras do processo foram “inventadas”.
O atual governador votou neste domingo (2) na Escola Municipal Golda Meir, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Ele foi acompanhado de seus filhos João Pedro e Maria Eduarda, a mulher Analine Castro, assessores e o vice Thiago Pampolha (União). Ainda na entrada, Castro foi recebido com gritos de "mito" e palmas por parte de apoiadores. Já os eleitores contrários a sua reeleição o vaiaram.
Após a votação, ele fez uma análise de seu governo e ressaltou que as contas do Estado estão em dia, que há empregos sendo gerados e polifônicas sociais sendo retomadas. "Não tenho dúvidas de que a população me abraçou. Hoje será um grande dia, dia da democracia. Demonstramos que conseguimos fazer pelo rio e vamos continuar cuidando das pessoas. Erros sempre vão acontecer, mas esse é um governo do diálogo”, afirmou.
O candidato se manteve na liderança da última pesquisa Datafolha para o 1º turno, com 44% na disputa pelo Palácio de Guanabara. Em segundo lugar aparecia Marcelo Freixo (PSB), com 31% das intenções de voto. A pesquisa foi divulgada nesta quinta-feira, dia 29. Com margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou menos, o cálculo exclui os entrevistados que declararam votar nulo (10%) ou indecisos (9%).
Propostas
Último entrevistado para a série de sabatinas do O Dia, o governador Cláudio Castro (PL) disse que, se reeleito, pretende gerar 1 milhão de empregos nos próximos quatro anos. Segundo Castro, o maior desafio durante o período em que esteve à frente do Executivo foi a pandemia da Covid e a crise econômica. Diante dos problemas no Ceperj e das críticas relacionadas a sua política de segurança, o governador garante que o Rio de Janeiro melhorou, com a criação de empregos e os investimentos na área da Saúde, Educação e Segurança Pública.
Governadores presos
O Rio de Janeiro tem um histórico de governadores presos. Ao todo, dos últimos 10 chefes de governo do Rio, cinco foram presos. Dentre eles estão Moreira Franco, Rosinha Garotinho e Anthony Garotinho, Luiz Fernando Pezão e Sérgio Cabral.
Moreira Franco (MDB) foi preso em 2019, mais de 30 anos depois de ter assumido o governo do Rio. Ele foi alvo da Lava-jato, na mesma operação que também levou o ex-presidente Michel Temer (MDB) à prisão.
O casal Anthony e Rosinha Garotinho, do União Brasil, foram presos juntos acusados de superfaturamento em contratos da prefeitura de Campos dos Goytacazes. Apesar disso, eles negam as acusações. Já Luís Fernando Pezão, que foi condenado a 98 anos de prisão em um desdobramento também da Lava-jato, chegou a usar tornozeleira eletrônica quando saiu da cadeia, mas conseguiu se livrar do aparelho de monitoramento.
Apenas Sérgio Cabral, que como Pezão foi eleito pelo MDB, continua preso. O filho dele, Marco Antônio Cabral (MDB), se candidatou a deputado federal na chapa de Castro. Também compõe a chapa de Castro a filha de Rosinha e Anthony, Clarissa Garotinho, candidata ao Senado Federal. Os demais governadores que foram presos respondem em liberdade.
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