Senadores apoiados por Bolsonaro vencem em mais de dez estadosPedro Ivo

Brasília - Contrariando o que apontavam as pesquisas eleitorais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) conseguiu eleger senadores de seu partido ou aliados em dez estados. No Distrito Federal foi eleita a ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves (PL). No Rio de Janeiro, o candidato apoiado oficialmente por Bolsonaro, Romário (PL), também levou a melhor na disputa. Em São Paulo, Marcos Pontes (PL), que estava à frente da Ciência, levou a melhor. Já no Mato Grosso do Su a ex-ministra da Agricultura e Pecuária, Tereza Cristina (PP), também foi eleita. 
Em Minas Gerais, foi a vez de Cleitinho (PSC), o candidato de Bolsonaro, vencer. Em Rondônia e no Rio Grande do Norte, Jaime Bagattoli (PL) e Rogério Marinho (PL) foram eleitos, respectivamente. 
Já em Santa Catarina, Espirito Santo e no Rio Grande do Sul os vencedores Jorge Seif (PL), Magno Malta (PL) e vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), todos aliados do presidente. 
Até o momento, no Amazonas, o candidato Coronel Menezes (PL) aparece à frente do senador Omar Aziz (PSD), que foi presidente da CPI da Covid-19, mas a votação ainda não foi encerrada. Em Mato Grosso, Wellington Fagundes (PL) vence com larga vantagem. Em Roraima, Dr Hiran (PP), apoiado por Bolsonaro, aparece à frente do senador Romero Jucá (MDB).
No Paraná, Sergio Moro (União), que declarou que tendia a Bolsonaro, foi declarado o vencedor da disputa. Com 100% das seções totalizadas, ele recebeu 1,9 milhão de votos na disputa ao Senado, o equivalente a 33%, e assumirá a cadeira que era de Alvaro Dias (Podemos), que foi derrotado em sua tentativa de reeleição e terminou o pleito no terceiro lugar, atrás de Paulo Martins (PL).
A eleição para o Senado representa uma vitória para Moro depois de uma sucessão de derrotas. Ele havia desistido de concorrer à Presidência da República e tinha sido impedido pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) de concorrer em São Paulo.
Em 2022, os 26 Estados e o Distrito Federal elegem apenas um senador por unidade federativa. O Senado é composto por 81 parlamentares. Já nas eleições de 2026, cada unidade federativa elegerá dois senadores.
Ex-ministros de Bolsonaro na Câmara dos Deputados
Além de senadores, ex-ministros de Bolsonaro também foram eleitos deputados federais. É o caso de Ricardo Salles (PL), ministro do Meio Ambiente entre 2019 e 2022, que aparece como um dos deputados federais mais votados por São Paulo.

Eduardo Pazuello (PL), ministro da Saúde entre 2020 e 2021, foi um dos deputados federais mais bem votados do Rio de Janeiro. Osmar Terra (MDB), ministro da Cidadania do Brasil entre 2019 e 2020, aparece bem votado pelo Rio Grande do Sul.

Ex-ministros de Bolsonaro que perderam nas urnas
Apesar da maioria vitoriosa, alguns ex-ministros de Bolsonaro perderam nas urnas. Foi o caso do ex-ministro da Cidadania (entre 2021 e 2022), João Roma (PL), que ficou de fora da disputa no segundo turno pelo governo da Bahia.
Flávia Arruda (PL), ministra-chefe da Secretaria de Governo entre 2021 e 2022, perdeu a disputa pelo Senado no Distrito Federal para a também ex-ministra Damares Alves.
Quem também perdeu o embate para outra ex-ministra foi o ex-ministro da Saúde (entre 2019 e 2020), Luiz Henrique Mandetta (União Brasil), que perdeu a vaga do Senado no Mato Grosso do Sul para Tereza Cristina.

Gilson Machado (PL), ministro do Turismo entre 2020 e 2022, perdeu a disputa pelo Senado no Pernambuco. Já Marcelo Álvaro Antônio (PL), que ocupou o mesmo ministério entre 2019 e 2020, não deve conseguir entrar para a Câmara dos Deputados por Minas Gerais.

Abraham Weintraub (PMB), ministro da Educação entre 2019 e 2020, também não deve conseguir votos os suficientes para se eleger deputado federal por São Paulo.
 
*Com informações do Estadão Conteúdo e do IG