Integrante da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República, a ex-ministra Marina Silva (Rede), eleita no domingo, 2, deputada federal por São Paulo, mostrou confiança de que Ciro Gomes (PDT) vai apoiar o petista no segundo turno. Para Marina, o momento atual é diferente de 2018, quando Ciro votou no então candidato do PT ao Palácio do Planalto, Fernando Haddad, mas não declarou apoio público ou fez campanha no enfrentamento contra então candidato Jair Bolsonaro.
"Fiquei com o coração tranquilo quando eu vi a manifestação do Ciro, ontem, pedindo um tempo para dialogar com seu partido", afirmou Marina a jornalistas, após chamar o ex-ministro de "liderança importante". "Vamos precisar de pessoas que têm trajetória, legado no campo da democracia. Nesse momento, depois de quatro anos de Bolsonaro, é completamente diferente as decisões que serão tomadas", acrescentou. "Vamos precisar de todo mundo e ele Ciro sabe disso."
Após reconhecer sua derrota na corrida presidencial, Ciro se disse profundamente preocupado com os caminhos do Brasil e pediu um tempo para negociar com o PDT seu posicionamento no segundo turno.
A ex-ministra declarou que todos os participantes das eleições do campo democráticos têm a responsabilidade de não deixar o Brasil "ir definitivamente para o precipício". "Precisamos ter humildade para diálogo no sentido de pedir ajuda. Agora não é a gente que vai ajudar a salvar a democracia. É o povo que vai ajudar a salvar a democracia", disse Marina Silva sobre o pleito que ampliou a força do bolsonarismo em todo o País. "Nem todas as pessoas que votaram no Bolsonaro podem ser rotuladas de fascistas", ponderou.
Marina também defendeu um "diálogo profícuo" com Simone Tebet (MDB) para o segundo turno.
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