Prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT) é um dos coordenadores da campanha de LulaReprodução/Twitter
A cúpula do petista resgatou uma declaração de Bolsonaro ao jornal New York Times, de 2016, em que ele diz que "comeria um índio sem problema nenhum". O vídeo precisou ser retirado do ar após pedido da campanha do chefe do executivo federal ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"Nós reagimos. No sábado ou domingo [do 1º turno da eleição] fizemos reunião da coordenação e nós nos falamos ‘vai vir um ataque violento nas redes sociais’. A legislação brasileira precisa mudar. Você não pode ter uma avalanche de fake news em dois dias para influenciar o comportamento das pessoas. Isso é crime. Eu penso que inclusive o autor de fake news para influenciar em processo eleitoral deveria ser punido com rigor maior, porque se está ofendendo e ferindo a democracia", disse Edinho em entrevista ao Estado de S.Paulo.
"Você não pode tratar isso como se fosse uma mentira publicada em redes sociais. Isso deveria ser um crime inafiançável, porque a pessoa está articulando algo para interferir na disputa eleitoral. Isso aconteceu no sábado e no domingo no Brasil. Não estamos tirando o debate do campo da economia, do campo da vida do brasileiro, mas é natural que a campanha se defenda", acrescentou.
Campanha de Lula tem algumas preocupações
"Em alguns momentos, nós não estamos enfrentando o candidato, estamos enfrentando o Estado brasileiro. Eu já vi prefeito ser cassado por motivos infinitamente menores. Eu penso que o Brasil que sai dessas eleições é um Brasil que vai enterrar a reeleição", pontuou.
Ele ainda citou que nunca menosprezou o principal adversário de Lula. "O bolsonarismo é infinitamente maior do que o Bolsonaro. Como integrante da coordenação, nunca presenciei uma avaliação de menosprezo, e sim de reconhecimento. E sabíamos que a eleição resolvida no 1º turno seria a exceção da exceção", concluiu.
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