Lula e Bolsonaro trocam acusações sobre envolvimento com tráfico e milícia durante debate na Band.Reprodução / Band

Na noite deste domingo (16), o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trocaram acusações sobre o envolvimento com o tráfico de drogas e com a milícia durante o primeiro debate do segundo turno para a Presidência da República.
A troca de acusações começou após Bolsonaro questionar Lula sobre o chefe do Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcola, não ter sido transferido para um presídio de segurança máxima durante o governo de Geraldo Alckmin (PSB), atual candidato a vice de Lula, em São Paulo.

Em resposta, o petista disse que o adversário é 'amigo dos milicianos' e completou afirmando que Bolsonaro sabe onde estão os bandidos: "Tinha um vizinho seu que tinha 100 armas em casa. Acha que os grandes bandidos estão na favela. Os grandes bandidos estão no lugar dos ricos. Os pobres são trabalhadores", disse Lula, relembrando a suposta ligação entre a família de Bolsonaro e Adriano da Nóbrega, chefe da milícia 'Escritório do Crime', morto em uma ação policial na Bahia em fevereiro de 2020.

Bolsonaro rebateu dizendo que no primeiro turno Lula teve maior votação em presídios: "a cada 5 presidiários, 4 votaram em você" e citou a visita do petista ao Complexo do Alemão, na Zona Note do Rio, no dia 12 de outubro. "Não tinha um policial ao seu lado. Só traficante. O Marcola foi flagrado. Teve ligação telefônica grampeada. E ele diz ali que prefere o senhor do que a mim", comentou.

"Eu não fui votado nos presídios. Eu fui votado pelo povo brasileiro. Eu tenho 6 milhões a votos a mais que você, com toda essa gastança que você fez", disse o petista.
*Com informações do Estadão Conteúdo