Comitiva de Jair Bolsonaro é acompanhada por Sergio Moro e Deltan DallagnolReprodução / Mídias Sociais

O presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta segunda-feira (17), que ele e Sergio Moro (União Brasil-PR) superaram "pequenas divergências do passado" e que as portas do Palácio do Planalto estarão abertas para o ex-juiz, que declarou apoio ao mandatário no segundo turno das eleições 2022.
O candidato a reeleição afirmou ter feito as pazes com Moro , mas não respondeu sobre a possibilidade do senador eleito pelo Paraná voltar ao Executivo.
"Nada foi conversado. Meu ministério está ajustado, e ele tem compromisso com o eleitorado dele para ser senador. Mas pode ter certeza que, caso eu seja reeleito, se Deus quiser, ele vai me visitar muitas vezes na Presidência, vai almoçar muitas vezes comigo".
Sobre indicar Moro ao Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro disse que não irá comentar sobre o perfil do magistrado.
"Não vou começar a falar o perfil. Tem muita gente pra lá e eu não quero desagradar ninguém", disse o presidente.
Na noite do último domingo (16), o ex-juiz Sergio Moro acompanhou Bolsonaro durante o debate presidencial da Band. O presidente disse que foi dele a ideia de convidar o ex-ministro para o evento.
"Ele participou em alguma coisa nas minhas conversas, nas minhas inquisições sobre o Lula, e depois por dois momentos falou com a imprensa[...]. O objetivo do Moro é o Brasil. E hoje em dia a melhor hipótese, como ele bem diz, ou melhor, a única hipótese, sou eu", disse Bolsonaro.
Em relação aos próximos compromissos de campanha eleitoral, o atual chefe do Executivo disse que não tem previsão para quando Moro irá acompanhá-lo novamente, mas que estão juntos rumo a reeleição.
"Ele está ajudando o Brasil. Ele tem uma forte posição de combate à corrupção no Brasil. Conversei com ele, as pequenas divergências ficaram para o passado. Estamos juntos pela minha reeleição", afirmou o presidente.
Juiz responsável pelos trâmites da operação Lava Jato no Paraná até 2018 , Moro deixou a magistratura para assumir o comando do Ministério da Justiça do governo Bolsonaro. Após pouco mais de um ano no comando da pasta, ele deixou o governo trocando acusações e xingamentos com o presidente.