Em comunicado, o Partido dos Trabalhadores decidiu apoiar Eduardo Leite (PSDB) na disputa do segundo turno pelo governo do Rio Grande do Sul nas eleições 2022 , contra o ex-ministro do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), Onyx Lorenzoni (PL) .
A legenda escreveu, em nota, que recomenda o "voto crítico" em Leite no próximo domingo (30) a todos os "comprometidos com a democracia". De acordo com o texto, a decisão foi tomada com o intuito de "derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo neste segundo turno".
O PT estava evitando declarar apoio ao candidato do PSDB de forma direta na tentativa de negociar uma declaração de Leite a favor da eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que disputa o segundo turno pelo Planalto contra Bolsonaro. O tucano, no entanto, decidiu se manter neutro e fez críticas aos dois candidatos .
"Não preciso ser medido nesta eleição pela régua estreita da polarização nacional. Tenho serviços prestados, sabem como ajo e como faço política", afirmou o tucano, em entrevista ao jornal digital GZH, no início do mês .
Ele aproveitou a declaração para alfinetar Onyx Lorenzoni . "Meu adversário é uma dúvida, porque, onde atuou, não atuou bem", disse Leite.
O PT, então, optou pela adesão de Leite, após já ter se posicionado contra Lorenzoni. O candidato do partido ao governo do Rio Grande do Sul, Edegar Pretto, ficou em terceira colocação e não chegou ao segundo turno. Ele teve apenas 2.441 votos de diferença para Leite, que ficou atrás do ex-ministro.
"Compreendendo o momento político que vivemos, decidimos recomendar o voto crítico em Eduardo Leite no domingo próximo, esperando com este gesto que todos aqueles comprometidos com a democracia se unam para derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo neste segundo turno. Nossas divergências com Leite são muitas, e conhecidas pela sociedade gaúcha. Representamos projetos políticos distintos. Mas agora é a hora de defender o Brasil e o Rio Grande da ameaça representada pelas candidaturas de Bolsonaro e Onyx", diz a nota do PT, assinada pelo presidente estadual e deputado federal Paulo Pimenta, por Edegar Pretto e pelo senador Paulo Paim, além dos ex-governadores Tarso Genro e Olívio Dutra.
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