Lula: "Bolsonaro sabe que vai perder"Miguel Schincariol/AFP

Nesta quinta-feira, 27, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que a ação do atual mandatário e candidato à reeleição pelo PL, Jair Bolsonaro , que contesta as inserções de campanha nas rádios do Nordeste é "choro de quem sabe que vai perder as eleições".

"Nós ainda temos que disputar (o voto de) algumas pessoas que estão indecisas e pessoas que votaram nulo e branco no primeiro turno, mas é o direito que ele tem de chorar, espernear, de quem sabe que vai perder as eleições. O Bolsonaro está ciente que vai perder as eleições. Ele estuda pesquisa, encomenda pesquisa e ele sabe que vai perder", disse Lula em sabatina ao Correio Braziliense , à Clube FM e à TV Brasília.
Na ocasião, o petista criticou a política externa do atual mandatário e afirmou que Bolsonaro é o "único contencioso" do Brasil. Lula disse que, caso seja eleito no domingo, 30, vai procurar grandes parceiros comerciais "imediatamente" para conversar e "reestabelecer" relações diplomáticas.
"Eu vou imediatamente fazer reunião com a União Europeia, com os Estados Unidos, com a China, com os países da América do Sul. Porque não é possível a gente viver num país em que o presidente não conversa com ninguém. Nem ninguém convida ele para viajar, nem ninguém quer vir aqui para o Brasil. O Brasil está isolado. Um país que não tem contencioso internacional com ninguém. O único contencioso é o Bolsonaro falando bobagem com outros países vizinhos, coisa que não é papel do presidente", afirmou em entrevista.

Ao ser questionado sobre o perfil de seu ministro da Economia, caso vença as eleições , Lula não citou nomes e disse que o cargo será ocupado com alguém com responsabilidade fiscal com as contas públicas, mas que tenha, acima de tudo, compromisso social.

Sobre o teto de gastos, o ex-presidente afirmou que toda vez que pensar em "segurar o dinheiro" é preciso lembrar que "tem gente passando fome". De acordo com ele, é necessário fazer uma "política quase que de guerra" para reconstruir o país.
"É preciso que haja uma política quase que de guerra, uma política que envolva toda a sociedade para a gente poder recuperar esse país e fazer as pessoas voltarem a acreditar", acrescentou.