Miami - O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump convocou o voto em Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições presidenciais de domingo, 30, no Brasil, e classificou seu adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem ele apelida de "Lulu", de "lunático" - em uma mensagem em sua plataforma Truth Social nesta sexta-feira, 28.
"No domingo, VOTE no presidente JAIR BOLSONARO - ELE NUNCA VAI TE DECEPCIONAR!", diz ele sobre o presidente, que descreve como "um grande e respeitado líder, que também é um grande cara com um grande coração".
"Seu oponente, 'Lulu', é um lunático da esquerda radical que destruirá rapidamente seu país e todo tremendo progresso que foi feito sob o presidente Bolsonaro, incluindo tornar o Brasil um país respeitado novamente", acrescentou Trump.
Lula, de 77 anos, prevaleceu no primeiro turno por 48% contra 43% e mantém uma vantagem modesta nas pesquisas, com 53% das intenções de voto, contra 47% de Bolsonaro, segundo levantamento do Instituto Datafolha divulgado na quinta-feira (27).
Durante a campanha, Bolsonaro questionou - sem provas - o sistema de urna eletrônica, o que levantou temores de que ele não aceite uma eventual derrota e que haja distúrbios, nos moldes da invasão do Capitólio nos Estados Unidos.
Em 6 de janeiro de 2021, apoiadores de Trump invadiram o Capitólio, em Washington, em uma tentativa fracassada de golpe para impedir que o Congresso confirmasse a derrota nas urnas do magnata republicano para o democrata Joe Biden.
"Domingo é um grande dia para o Brasil e para o mundo", continuou Trump, nesta sexta-feira.
Em setembro, o ex-presidente republicano já endossava Bolsonaro, "o 'Trump Tropical' como é carinhosamente chamado". Atualmente, Trump é alvo de múltiplas investigações. Entre elas, está uma sobre a retirada ilegal de arquivos oficiais da Casa Branca, que levou a uma busca, por parte do FBI, na residência do magnata republicano em Mar-a-Lago, na Flórida. O
O magnata, que sonha com ao poder em 2025 ainda é investigado por uma comissão do Congresso como mentor da invasão ao Capitólio em janeiro de 2021. Ele e três de seus filhos - Donald Trump Jr., Ivanka e Eric -, são alvo do inquérito da justiça de Nova York, que apura práticas fiscais fraudulentas do grupo empresarial da família, a Trump Organization.