Diretor da PRF, Silvinei Vasques, fez postagem pedindo voto para Bolsonaro e apagouReprodução/Instagram
Silvinei Vasques: quem é o diretor da PRF, pivô em polêmica com TSE
Vasques é dono de um currículo extenso com diversas graduações e tem ligações com o PSL de Santa Catarina
Silvinei Vasques é inspetor da Polícia Rodoviária Federal desde 1995 e já exerceu atividades de gerência e comando em áreas como a Superintendência nos Estados de Santa Catarina e Rio de Janeiro e também atuou como Coordenador-Geral de Operações.
Vasques é dono de um currículo extenso com diversas graduações e tem ligações com o PSL de Santa Catarina. Em apenas um ano, entre 2007 e 2008, o servidor ocupou dois cargos de confiança na prefeitura do município de São José, quarta cidade mais populosa do estado, durante a adminstração do então prefeito Elias Fernando Melquíades (PSL). Foi Secretário Municipal de Segurança Pública e depois comandou a pasta dos Transportes.
Silvinei Vasques é dono de um currículo bastante extenso, segundo informações do site do Governo Federal. É graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Santa Catarina, em Direito pela Universidade do Vale do Itajaí, em Segurança Pública pela Universidade do Sul de Santa Catarina, e em Administração de Empresas pela Universidade Estadual de Santa Catarina e especializado em Gestão Organizacional pelo Centro Universitário de Maringá, Mestre em Administração pela Universidade Uniatlantico, na Espanha e Doutorando em Direito pela Universidade Católica de Santa Fé, na Argentina.
Segundo Portal Transparência, o inspertor é habilitado para atuar em diversas áreas da segurança e tem experiência em grandes operações policiais no Brasil.
Faz parte do quadro de instrutores da UNIPRF e participou de cursos policiais no Brasil e no exterior, entre eles, o curso da Escola da Swat (Course Swat School - HSS International), no Departamento de Polícia de Orange, na Califórnia (EUA).
Antes de se envolver com a polêmica com o TSE por descumprir a decisão do Ministro Alexandre de Moraes, Vasques também esteve no centro de outra confusão envolvendo a agressão de um frentista de posto de gasolina. No depoimento a vítima afirma que o agressor só parou que espancá-lo após funcionários do posto gritarem para parar.
"Diante da recusa do requerente [de lavar as viaturas] um dos policiais começou a espancá-lo, com a ajuda de um segundo policial, co a deferir socos em seu abdômen e suas costas". Leia depoimento abaixo:
O trabalhador alegou na justiça do estado de Goiás ter sido espancado por policiais rodoviários por 'se recusar a lavar as viaturas da PRF'. A ação correu em âmbito estadual até 2012, até a primeira condenação, onde a União foi obrigada a pagar valor fixado em R$ 20 mil à vítima da violência policial.
A União pagou a indenização e cobrou o valor de Silvinei que recorreu então à Justiça de Santa Catarina, estado onde servidor fez carreira na PRF e chegou à superintendência da unidade regional em 2011.
O jornal Metrópoles chegou a solicitar acesso aos processos envolvendo o servidor, mas foi informada que ações tem "acesso restrito pelo prazo máximo de 100 anos".
Veja parte do depoimento no Boletim de Ocorrência do frentista indenizado pela União:
Em coletiva de imprensa ainda antes do fechamento das urnas neste segundo turno das eleições, o presidente do TSE Alexandre de Moraes, minimizou as operações da PRF no norteste, mas disse que as ocorrências serão investigadas.
“As operações, e foram inúmeras, foram, segundo o diretor-geral da PRF, que veio ao TSE explicar a questão, realizadas com base no código de trânsito brasileiro, ou seja, um ônibus com pneu careca, por exemplo, era abordado. Isso retardou a chegada dos eleitores aos seus pontos eleitorais, mas em nenhum caso impediu os eleitores de chegarem aos destinos”, disse o ministro.
“Segundo o diretor (da PRF) foi essa questão de interpretação, foram somente feitas intervenções em veículos sem condições de transitar, mas em nenhum momento esses ônibus retornaram à origem, mas seguiram ao destino final”, disse.