Minas Gerais - Ao levantar a taça de campeão da Copa Libertadores, em 2013, o Atlético-MG tirou um grande peso das costas dos seus torcedores. Mas se engana quem acha que o Galo pensa em parar por aí. Com o início do Brasileirão, neste fim de semana, o Galo agora corre atrás para quebrar mais um tabu que incomoda a massa atleticana: o de 43 anos sem erguer um troféu de Campeão Brasileiro.
Em 1971, fora de campo, o time contava com a genialidade do mestre Telê Santana, que já havia sido campeão carioca em 69, dirigindo o Fluminense. Ele e o atual comandante do Galo, Paulo Autuori, possuem algo em comum: os dois venceram mundiais de clubes pelo São Paulo.
Com um currículo recheado de títulos, Paulo Autuori não ganha um torneio nacional desde 2000, quando venceu a Copa do Brasil pelo Cruzeiro. De lá para cá, o treinador conquistou, além do Mundial de Clubes, uma Copa Libertadores, também pelo São Paulo. O desafio do comandante do Galo neste ano é repetir a campanha que fez em 1995, quando foi campeão brasileiro com o Botafogo.
Voltando ao time de 71, o Galo tinha em Dadá Maravilha, artilheiro daquela edição do campeonato com 15 gols, a sua principal referência no ataque. Na função de homem-gol dos atleticanos está hoje o centroavante Jô, que ainda vive neste início de temporada a expectativa por uma convocação para defender a seleção brasileira na Copa do Mundo. Ao lado dele, Diego Tardelli, artilheiro do Brasileirão em 2009, dividirá o ataque.
Caso Jô consiga ir para Copa, ele pode buscar inspiração em um companheiro de sua própria equipe, o meia Ronaldinho Gaúcho, pentacampeão em 2002. No Japão e na Coreia do Sul, o camisa 10 do Galo brilhou ao lado de Ronaldo e Rivaldo.
Uma aposta do presidente Alexandre Kallil para dividir os holofotes com o R10 era a contratação do atacante Nicolas Anelka. Mas a negociação não deu certo e tem até ameaça do Atlético-MG em ir à Fifa buscar seus direitos e ressarcimento financeiro. O francês foi campeão nacional no Arsenal, Real Madrid, Chelsea e Juventus. Pela seleção, venceu uma Eurocopa e uma Copa das Confederações e ainda atuou na Copa do Mundo de 2010.
E por falar em mundiais, o Atlético-MG tenta mais uma vez garantir uma vaga no torneio intercontinental. O clube mineiro encara o Nacional de Medellín pelas as oitavas de final da Libertadores. Paralelo à competição continental, o Galo disputará o Campeonato Brasileiro, estreando no próximo domingo, no Parque do Sábia, contra o Corinthians, às 16h.
Destaque
Desde 2012, o meia Ronaldinho Gaúcho é o grande destaque do clube mineiro, tendo liderado o time na conquista inédita da Copa Libertadores, no ano passado. O capitão do Atlético-MG não vive um bom momento tecnicamente, mas é sempre um jogador para impor respeito nos adversários. Com títulos por todos os times em que atuou e pela seleção brasileira, o R10 tentará conquistar o seu primeiro Campeonato Brasileiro.
Time-base
Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Otamendi e Alex Silva; Pierre, Leandro Donizete, Guilherme e Ronaldinho Gaúcho; Diego Tardelli e Jô.
