Rio - Venerado como um Deus. Não é exagero afirmar que é assim que todo torcedor alvinegro — jovem ou velho, vivo ou morto — cultua Nilton Santos. Canonizado como a ‘Enciclopédia do Futebol’ e santificado pela Fifa como o melhor lateral-esquerdo de todos os tempos, o ex-jogador, uma divindade com a bola nos pés e que vestiu só dois mantos sagrados (Botafogo e seleção brasileira) em 16 anos de carreira, virou documentário: ‘Ídolo’ estreia segunda-feira, no Cinépolis Lagoon, pelo Festival do Rio 2014.

Produzido por Ricardo Macedo e Ricardo Calvet, o filme conta não só a trajetória do camisa 6 em campo, os 26 títulos e os 16 gols (11 pelo Botafogo e cinco pelo Brasil). Retrata o homem de caráter, adepto de trabalho com crianças carentes e que, em 27 de novembro de 2013, aos 88 anos, nos deixou órfãos de seu carisma após perder o jogo para o Mal de Alzheimer.
Em 103 minutos de duração, ‘Ídolo’ eterniza o último encontro de Nilton Santos com sua segunda mulher, Célia, em 2007, com quem foi casado por três décadas. Traz, ainda, a reverência ao santo craque de amigos, como Zagallo, Zico, Fontaine, Carlos Alberto Torres, Amarildo e Djalma Santos, entre outros. Um sacrilégio não conferir.