Rio - Entra ano, sai ano, os cartolas, além de não mexerem no fundamental nos Estaduais, fazem questão de tumultuá-los. Esse desencontro em relação ao preço dos ingressos ou aos direitos de cada um para estabelecer seus próprios critérios foi assunto deixado para a última hora. A questão do Maracanã jamais foi discutida seriamente. A tumultuada reunião de ontem, na sede da Ferj, presidida por Rubens Lopes, foi em cima do laço e poderia ter sido evitada se houvesse planejamento. Pratica-se profissionalismo atrasado, sem compromisso com o torcedor, que fica como joguete na discussão de local, horário e valor do ingresso. O Carioca começa sem evento festivo, com o Maracanã contestado e a certeza de tumultos e filas nos jogos. Para piorar, os artistas em campo não empolgam.
Carioca começa no sábadoDivulgação
É TUDO JAPONÊS
Quem acompanha o Sul-Americano sub-20 vê nivelamento técnico entre as principais seleções. Já faz tempo que o Brasil não leva vantagem seja pelo talento ou pela tradição da camisa. Após os 7 a 1, a coisa piorou. Quando as esperanças da Seleção repousam em Yuri Mamute, do Botafogo rebaixado, é porque as coisas ficaram ruins. Resta equilibrar tudo na correria, o que é triste.
SEM EDUCAÇÃO
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Infelizmente, a crítica à seleção dos garotos não para na parte técnica. O treinador Gallo reclama sem parar e foi merecidamente expulso contra o Uruguai — passou péssimo exemplo de descontrole e falta de compostura. Isso se reflete nos garotos, que também reclamam de qualquer falta, mesmo as evidentes, e abusam de jogadas violentas e desleais.
A ‘ESTRELA’
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Eurico Miranda ressurgiu em função da incompetência da administração de Roberto e pontifica nas reuniões da federação porque os cartolas atuais não evoluíram. Com o seu furor particular, Eurico volta a monopolizar o futebol carioca estagnado. O seu único mérito, no Vasco, foi voltar à prática de camisas de 1 a 11 entre os titulares, acabando com o carnaval dos números.
RECAÍDA
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No Botafogo, Jobson tenta voltar à tona mas, até agora, se tem mostrado certa estabilidade, seu futebol marca passo. O Flu teve problemas com Michael, chegou a desistir dele mas lhe deu nova chance. Logo nessa reta inicial, ele pisou na bola, faltou a treino e há uma cortina de silêncio em torno do fato que, se não tem, em si, maior relevância, é péssimo sinal.