Rio - Não deixa de ser incômoda essa história espalhada no Vasco de que o respeito voltou. Jamais se tratou disso porque o clube é uma instituição histórica, um dos gigantes do nosso futebol. Essa é uma onda meio disfarçada de propaganda subliminar de Eurico, supervalorizando a sua importância no título estadual. Ora, mal ou bem, Roberto, péssimo administrador, era o presidente na conquista da Copa do Brasil de 2011.

Por uma questão de justiça, admite-se até que, apesar de usar métodos condenáveis, Eurico tem mais experiência com o clube do que Roberto, o novo comando do futebol acertou em escolhas e decisões e o time mereceu o título. De resto, continuou o respeito de sempre. O Vasco tem uma história inquestionável, muito mais do que a de Eurico. Clube não tem dono.
O CALOURO
Doriva, aos poucos, se inscreve na elite dos treinadores do país. O seu feito de ser campeão paulista e carioca em dois anos, inédito, merece destaque e elogios. Ele levou o modesto Ituano a um título inimaginável e tirou o Vasco de um jejum de 12 anos. Acerta na questão tática e no tipo de liderança que exerce. Não atacou tanto, como pediu Eurico, nem foi retranqueiro. Olho nele.
BASTA SIMPLIFICAR
O Botafogo, apesar das dívidas monumentais, segue no caminho para recuperar posição no futebol brasileiro. O atual elenco deu mais do que se esperava e René Simões teve participação fundamental. Ele só precisa deixar de lado a mania de querer inventar para se destacar. Não será com surpresas bizarras de escalação que ganhará reconhecimento.
NÃO VAI SER FÁCIL
Dunga convoca nesta terça-feira para a Copa América. Há pouco interesse na lista até porque as novidades serão escassas. Os paulistas pedem a convocação do garoto santista Lucas Lima, que realmente bate um bolão, e, no Sul, há quem fale na volta de Nilmar. Mas Dunga será coerente com o time já testado. A Copa América é complicada e ainda estamos abaixo da Argentina.
MICOS ROTINEIROS
No Rio, ainda não se aprendeu a vender ingressos, formam-se filas medievais com derrame de bilhetes falsos. Só a torcida foi nota 10. O contrário de Fortaleza, onde a dramaticidade de dois gols no finzinho levou a rivalidade ao extremo da invasão de campo e da pancadaria selvagem. São Paulo fez uma grande decisão, mas em estádio acanhado.